A candidata independente à Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, considerou que “se fez história” no concelho, com a sua vitória nas eleições de domingo, que quebrou um ciclo de 43 anos de governação do PS.
Elisa Ferraz, que já tinha vencido o sufrágio autárquico de 2013, então pelas listas do PS, avançou para estas eleições como cabeça de lista do movimento independente NAU (Nós Avançados Unidos), depois de divergências com a concelhia socialista local, que inviabilizaram que fosse, de novo, cabeça de lista do PS.
Elisa Ferraz fez no início da madrugada desta segunda-feira, o seu discurso de vitória, na zona ribeirinha da cidade, começando com uma saudação aos restantes candidatos adversários.
“Nesta hora em que celebramos esta extraordinária vitória que ficará na história do nosso concelho, e talvez no nosso país, saúdo os outros candidatos nestas eleições em Vila do Conde, a quem dirijo uma palavra de respeito”, começou por dizer a candidata.
Elisa Ferraz lembrou que, findo o processo eleitoral, “é tempo de união em Vila do Conde”, garantindo que o seu projeto será “abrangente e inclusivo”.
“Queremos por em prática uma política de proximidade onde todos têm um papel ativo e onde ninguém se sinta descriminado. O nosso projeto é abrangente e inclusivo, e nele cabem todos, independentemente das suas convicções ideológicas ou politicas”, assumiu.
A candidata independente prometeu “trabalhar com muito afinco e colocar em prática os objetivos do projeto”, garantindo que “com força redobrada e entusiasmo” vai lutar “pelo desenvolvimento de Vila do Conde e pelos interesses dos vila-condenses”.
Num discurso emocionado, sobretudo quando dedicou a vitória ao marido, que faleceu este ano, Elisa Ferraz lembrou as dificuldades que sentiu para avançar com um projeto que desafiou mais de quatro décadas de governação do PS no concelho.
O movimento NAU de Elisa Ferraz conseguiu nestas eleições autárquicas 47,74 % dos votos e cinco mandatos, que lhe dão a maioria absoluta no executivo municipal. O PS somou 32,02 e elegeu três vereadores, enquanto que a coligação PSD/CDS-PP conseguiu um mandato, com 13,02 por cento de votação.
A candidatura da CDU, com 2,2 % de votos, e do Bloco de Esquerda, com 1,82 %, ficam de fora do executivo municipal.