Empresários que tiveram negociações para comprar Varzim associados a crimes no Brasil, divulga jornal Público

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O jornal ‘Público’ avança na edição deste domingo, que “a maior organização criminosa do Brasil é suspeita de lavar dinheiro no futebol português”, e que conta com empresários que estiveram perto de comprar o Varzim através da constituição de uma SAD. O jornal adianta que se instalaram em Fafe, depois de terem contactado o Felgueiras e o Vilaverdense, para possíveis aquisições desses clubes. De acordo com o Público, “há vários elementos com ligações à maior organização criminosa do Brasil, Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeitos de lavar dinheiro através do futebol português”.

O jornal revela que o brasileiro Ulisses de Souza Jorge, que agencia vários jogadores entre eles o defesa Militão, do Real Madrid, teve como alvo o Varzim. Recorde-se que o agente chegou a apresentar-se aos sócios do Varzim há cerca de um ano com a promessa de investir vários milhões de euros e recuperar o clube e levar o emblema poveiro até aos campeonatos profissionais. Na altura, o Varzim era presidido por Edgar Pinho e tinha como diretor geral, André Geraldes.

Também de acordo com que foi divulgado nesse processo, o Varzim recebeu cerca de 600 mil euros, que segundo o jornal Público, entraram através de uma transferência para uma das contas do emblema alvinegro, como também em dinheiro, acima do que a lei permite, que não pode ser superior a 3 mil euros.

O negócio no Varzim não avançou para aprovação em Assembleia Geral, porque foi travado em reunião do Conselho Varzinista, e no qual Aires Pereira, membro do referido órgão e presidente da Câmara, juntamente com outros elementos, conseguiram travar o processo, ao pedirem mais esclarecimentos sobre o processo, que atrasou a reunião magna, que viria a ser anulada.

Na matéria de investigação apresentada na edição do Público deste domingo, é explicado que “depois do negócio falhado, Ulisses Jorge e Christiano Menezes, formado em direito e acusado de tráfico internacional e ex-presidiário por tentar assaltar o Banco do Brasil, avançaram em direção ao Felgueiras e ao Vilaverdense. A SAD do Vilaverdense recebeu uma proposta de 2 milhões de euros e o Felgueiras de 2,5 milhões. Enquanto estes negócios decorriam os dois instalaram-se em Fafe e ainda não entraram formalmente na capital da sociedade para o futebol”, divulga o jornal.