Enfermeiro da Misericórdia de Vila de Conde distinguido com Medalha de Ouro

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O enfermeiro Carlos Oliveira foi há pouco tempo distinguido com a Medalha de Ouro da Santa Casa da Misericórdia de Vila do Conde, pelo serviço prestado à mesma ao longo de 30 anos

Na reação, Carlos Oliveira disse que, “embora surpreendido, esta atribuição teve para mim um significado muito especial”, partilhou ao jornal Terras do Ave. “Foi o culminar de uma carreira de três décadas dedicadas a esta instituição, que começou por uma pequena participação no Lar de Terceira idade, logo no seu início e que se estendeu progressivamente a todos os serviços que foram criados após esta data, nomeadamente o Centro de Deficientes de Touguinha e depois mais tarde à Unidade de Saúde com internamento, bloco operatório e Unidade de Cuidados Continuados”. A Santa Casa da Misericórdia era “pioneira” nestes serviços e não tinha nas suas fileiras profissionais que entendessem sobre estes assuntos.

“Fui convidado pelo sr. provedor, Arlindo Maia, homem empreendedor e de grande visão futurista, para iniciar e equipar esta Unidade de Saúde que logo aceitei, onde pus todo o meu enlevo e saber, dando corpo a esta unidade onde hoje se executam mais de mil cirurgias por ano de várias especialidades, e assegurando outros tantos internamentos”, contou.

A Misericórdia teve que admitir enfermeiros recém-formados, e auxiliares de ação médica para os seus quadros sem qualquer experiência, fornecendo-lhes formação em serviço e tornando-os aptos para enfrentar as tarefas que se avizinhavam. “Foi o momento mais marcante da minha carreira nesta instituição e foi a minha experiência tanto de bloco operatório como de internamento que fizeram que levasse a bom porto a tarefa que me propuseram”.

Acerca da pandemia, reconhece que têm sido “momentos difíceis”, mas os profissionais desta instituição, “com um esforço heroico e uma dedicação extraordinária conseguiram exceder as expectativas criando condições para a resolução dos muitos problemas que esta situação acarretou”. Carlos Oliveira deixa, a terminar, uma palavra de gratidão aos ex-colegas da Santa Casa, sobretudo o provedor Arlindo Maia, que “foi um marco e um exemplo a seguir tanto como homem e como dirigente.