O Governo aprovou o reforço das equipas de combate aos incêndios rurais, através da constituição e um dispositivo excecional de 56 equipas por parte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, para o período de 11 a 13 de maio. A medida surge no contexto de temperaturas elevadas que se verificam em vários pontos do território continental, associadas à situação de seca provocada por valores de precipitação muito abaixo da média.
De acordo com uma nota enviada pelo Ministério da Administração Interna, “estas equipas são provenientes dos Corpos de Bombeiros e totalizam 280 elementos, que estarão em maior prontidão neste período, para reforçar a capacidade de ataque inicial a incêndios rurais”.
O reforço soma-se aos dispositivos já no terreno, “porque o país encontra-se presentemente no nível de empenhamento permanente do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais, que assenta num dispositivo de empenhamento composto por Equipas de Intervenção Permanente, Força Especial de Proteção Civil e Unidade de Emergência de Proteção e Socorro”.
Este ano, até ao dia 10 de maio, já se verificaram 2.646 incêndios rurais, que resultaram em 7.709 hectares de área ardida, entre povoamentos florestais (2.125 ha), matos (5.414 ha) e agricultura (170 ha).
Segundo os dados registados pela base nacional de incêndios rurais, o ano de 2023 apresenta, até 10 de maio, o 5º valor mais elevado em número de incêndios e o 5º valor mais elevado de área ardida, desde 2013.