A 16 de junho a Póvoa de Varzim assinalou o Dia da Cidade, comemorando os 48 anos desde que alcançou esse estatuto. Por esta altura, e a cada ano, o MAIS/Semanário entrevista o presidente da Câmara. Aires Pereira fez um balanço acerca do seu trabalho no município, com especial incidência no período vivido em pandemia, e as obras e projetos empreendidos nos últimos anos
Será o segundo verão em tempo de pandemia. Vamos ter certamente milhares de pessoas a visitar-nos. O que espera na Póvoa de Varzim e que conselhos dá aos poveiros para não sermos surpreendidos?
Os conselhos são muito no sentido de termos as nossas cautelas pessoais. Se todos nós tivermos cautelas pessoais, existe uma cautela pública. Nós vamos ter pessoas que nos visitam que vêm de destinos estrangeiros, e desde logo não sabemos se as pessoas estão vacinadas, se as pessoas já tiveram covid, qual é a situação em que estão, se foram testadas. Isto obrigar-nos-á a ter um comportamento defensivo para evitarmos males maiores. Lembro-me que a segunda vaga da pandemia começou em agosto do ano passado, com a vinda daquele emigrante do Brasil que criou o surto a partir da Gencoal, a fábrica de conservas, e depois nunca mais houve uma situação normal desde aí. Estas são as cautelas que vamos ter, para além das outras coisas que desaconselham. Encontros em massa, inorgânicos, como fazíamos, o Póvoa ao Ar Livre, o Verão em Festa, a Noite Branca, esse tipo de acontecimentos não poderá existir. Porque não temos nenhum controlo sob o número de pessoas e que pessoas é que estão em cada um desses eventos. O próprio governo anunciou que até agosto iremos manter estas restrições, no sentido de evitarmos surtos que possam fazer regredir, porque ninguém quer regredir, e que possam pôr em causa o funcionamento normal das nossas cidades.
Este mandato tem sido caracterizado como o maior de sempre em termos de construções e de novas infraestruturas para todo o concelho. Sente que foi um grande dinamismo da parte da sua pessoa e da sua equipa, para colocar estas obras todas em pé?
Para ter esta capacidade de realização foi preciso muito empenho, muita determinação, e mobilização dos nossos recursos internos, para conseguirmos ter este nível de execução. Isto também é fruto da capacidade que o município teve de angariar financiamentos, fundos, para podermos por de pé toda esta grande obra que se espalha por todo o concelho, por todas as freguesias e pela cidade. Isto obrigou a um esforço enorme por parte dos nossos serviços, porque gastar dinheiro público não é a mesma coisa que decidir fazer uma obra em casa; tem todo um procedimento administrativo em volta, bastante pesado. Mas nesta altura dá-nos uma enorme satisfação sabermos que somos, na área metropolitana, dos municípios, senão o município, com maior nível de execução de fundos comunitários, o que significa que a nossa máquina funcionou bem. E que o nosso projeto, o projeto que apresentamos há 8 e que apresentamos há 4 anos, que foi um projeto sufragado pela grande maioria dos poveiros, é um projeto que tem capacidade de execução, tem inovação, tem ideias, tem investimentos para fazer. No fim, quando tudo isto estiver feito, tornará o município da Póvoa de Varzim mais competitivo, mais agradável para se viver, com melhor qualidade de vida, porque é esse o nosso objetivo, e que também seja potenciador de geração de negócio e que a economia local reflita esse investimento que foi feito por todos nós.
Entrevista completa na edição papel de 9 de junho – Veja o vídeo completo