Fábrica de chocolates ‘Imperial’ sediada em Vila do Conde vendida a empresa espanhola

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A Imperial, principal produtora portuguesa de chocolates, sediada em Vila do Conde, foi vendida pelo Fundo Vallis à empresa espanhola Chocolates Valor. A Imperial é detentora de marcas como Jubileu, Regina, Pintarolas, Pantagruel e Allegro, entre outras.

“O Fundo Vallis informa que acordou com a Chocolates Valor a alienação de 100% do capital da Imperial”, revela em comunicado esta quarta-feira. O valor da operação não foi divulgado. A Chocolates Valor concretiza assim a sua primeira operação de aquisição internacional.

O responsável da Vallis, Eduardo Rocha, referiu que é com satisfação que, com esta transação, a Imperial “vê reconhecido o seu percurso ao longo dos últimos 5 anos, nos quais consolidou o prestígio e notoriedade das suas marcas, ao mesmo tempo que investiu na modernização das suas instalações industriais”.

Com um volume de negócios de 33 milhões de euros, a Imperial, que emprega cerca de duas centenas de pessoas, gera cerca de um quarto das suas vendas na exportação para 45 países.

Fundada há quase 90 anos, a Imperial foi adquirida pelo Fundo Vallis ao grupo RAR no verão de 2015, tendo levado a cabo “um ambicioso plano de reforço da sua capacidade industrial, que representou um investimento superior a 16 milhões de euros em cinco anos”, realça a Vallis.

Do lado da da Chocolates Valor, o presidente executivo Pedro López, destaca: “A aquisição da Imperial é um momento importante para nós, é a concretização de um sonho. Tratou-se de uma decisão cuidada e que resultou do facto de termos encontrado uma empresa com a qual nos identificamos e que nos complementa”.

“A Imperial enquadra de forma perfeita todos os requisitos que procurávamos: é uma empresa especialista em chocolate, muito querida e enraizada em Portugal, com marcas de qualidade e tradição, com sabores únicos, com uma sólida estrutura de fabrico, uma boa abordagem ao mercado e com um portfólio complementar ao da Chocolates Valor”, explicou.

Esta operação tem ainda de obter luz verde da Autoridade da Concorrência.