Já está pronto o novo salva-vidas que no decorrer do próximo ano deverá chegar ao porto da Póvoa de Varzim. O equipamento foi entregue no dia de quinta-feira à Marinha depois de ter sido construído no Alfeite. A embarcação segue agora para testes, que devem decorrer em Peniche e só mais tarde será enviada para o porto poveiro.
O salva-vidas tem 15 metros de comprimento e 4,30 metros de boca, e envolveu recursos da indústria nacional, assim como todo o projeto foi desenvolvido pela engenharia do estaleiro do Alfeite.
Das principais características deste projeto, destacam-se que a embarcação é autoendireitante, opera com uma autonomia mínima de 150 milhas náuticas, a uma velocidade máxima contínua de 28 nós e à velocidade de cruzeiro de 15 nós e tem capacidade para albergar 12 pessoas para além da guarnição.
Recorde-se que em julho de 2017, uma comitiva liderada por Aires Pereira, presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, visitou o Alfeite, onde na altura acompanhou a construção da embarcação.
Nesse ano, Silva Ribeiro, na altura Chefe do Estado-Maior da Armada e atualmente a desempenhar funções como Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, tinha anunciado que este primeiro salva-vidas moderno terá o nome de “Cego do Maio”.
Lembrando ainda as palavras de Silva Ribeiro: “Fruto das decisões tomadas pelo governo em funções estamos num processo de requalificação das estações salva-vidas e assinamos contrato com o Arsenal do Alfeite para construir dois novos salva-vidas, um para a Póvoa de Varzim e outro para a Horta, nos Açores. O primeiro que sair dos estaleiros vem para a Póvoa e chamar-se-á “Cego do Maio”, em honra desse extraordinário português que no século XIX salvou tanta gente e foi distinguido com as mais altas condecorações portuguesas”.
O atual salva-vidas da Póvoa de Varzim, “Patrão Joaquim Casaca”, vai ter outro destino. O almirante lembrou: “era eu um jovem oficial, que tinha acabado de sair da escola naval, em 1978, quando o salva-vidas ‘Patrão Joaquim Casaca’ entrou novinho em folha no porto de Leixões. Está prestes a completar 40 anos de atividade e está na altura de ser substituído ou ser relocalizado para passar a atuar numa zona menos complexa que a Póvoa de Varzim e Vila do Conde. Aqui o mar é muito exigente, daí a necessidade de termos cá um salva-vidas rápido e de grande capacidade para o salvamento marítimo.