GNR registou 140 crimes de bullying e cyberbullying no último ano letivo

0
1327

A Guarda Nacional Republicana (GNR) registou, durante o ano letivo de 2023/23, 140 crimes envolvendo bullying e cyberbullying em contexto escolar. Os dados são avançados nesta sexta-feira, dia 20 de outubro, o Dia Mundial de Combate ao Bullying.

No mesmo ano letivo, a GNR promoveu 1.285 ações de sensibilização relacionadas com a temática, direcionadas a 52.652 crianças, jovens e adultos.

“Além destas ações, importa acrescentar que a GNR possui militares com formação especializada, que desempenham um papel essencial no acompanhamento personalizado às vítimas, encarregando-se de encaminhar as mesmas para outras instituições com competência neste âmbito”, lembra a Guarda.

Segundo a GNR, estas ações têm como objetivo “alertar e sensibilizar a população em geral e, em particular, as crianças e jovens, os quais serão as mulheres e homens de amanhã, para a relevância da temática com o objetivo de apelar a uma estratégia de consciencialização, que visa contribuir para a mudança de comportamentos da sociedade e para a progressiva intolerância social face à violência nas escolas”.

“A violência ocorre fora da visão dos adultos e grande parte das vítimas esconde ou evita a denuncia da agressão sofrida, pelo que esta sensibilização é extensível aos pais, professores e funcionários pelos sinais de alerta que devem procurar denunciar e saber reconhecer, no contexto escolar e em ambiente familiar”, atenta.

Estes sinais de alerta podem ser “alterações de humor, abatimento físico e/ou psicológico, sinais de impaciência ou ansiedade, queixas físicas permanentes (dores de cabeça, de estômago, perturbações no sono, nódoas negras), irritabilidade extrema, ou qualquer outra mudança de comportamento”.

“Pese embora o bullying não se encontrar tipificado na legislação penal como crime, o mesmo está associado a vários crimes tais como crimes de ofensas à integridade física, injúrias, ameaça e coação, correspondendo os dois primeiros aos comportamentos mais frequentes”, descreve ainda a GNR.