No final da reunião do Infarmed na manhã desta quarta-feira, a qual considera “fundamental”, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que o impacto da pandemia nas próximas eleições de 30 de janeiro está a ser “acautelado”.
Para essa data, a previsão é que o número de casos de infeção continue elevado. Por essa razão, o presidente da República garantiu o “aumento significativo do número de mesas para antecipação de voto. É uma maneira de prevenir aquilo que pode vir a acontecer nas semanas seguintes”.
Referiu ainda que o Governo já pediu ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República um parecer acerca da suspensão do isolamento por parte das pessoas infetadas para poderem cumprir o direito de voto.
“A Ministra da Administração Interna terá pedido ao Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República um parecer sobre o saber-se se o isolamento impede o exercício do direito de voto ou se é possível exercer o direito de voto em condições de segurança apesar do isolamento, isto é, suspendendo o isolamento para esse efeito”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Na sua intervenção, o presidente da República Portuguesa destacou também o papel e comportamento dos portugueses para a diminuição dos casos em internamento (enfermaria e UCI) e de mortes, apesar do aumento do número de casos. Tal deve-se, disse, à vacinação e ao facto de a nova variante Ómicron “atacar as vias aéreas, mas não ataca identicamente os pulmões”.
Sobre as propostas de medidas apresentadas pelos especialistas na reunião, Marcelo prometeu que o Governo as irá avaliar, sublinhando que “factos são factos, modelos matemáticos são modelos matemáticos”. Nesse sentido, evitou comentar as projeções para o número de casos no futuro.