A greve dos trabalhadores não docentes deixou escolas de todo o país sem aulas. Na Póvoa de Varzim, o MAIS/Semanário apurou que nas escolas secundárias há mais constrangimentos, e estão praticamente sem atividade letiva nesta sexta-feira – só os alunos com avaliações agendadas para hoje estão a entrar nas escolas. De resto, “está tudo mais ou menos a funcionar”.
Foi a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) quem convocou a paralisação. Ainda hoje, a mesma Federação organiza uma marcha entre o Jardim da Estrela, em Lisboa, e o Ministério da Educação.
As reivindicações da greve passam pela criação de carreiras específicas de auxiliar de ação educativa, assistente de ação educativa e administração escolar, pela valorização da carreira de técnico superior e a vinculação de todos os técnicos especializados, para além da revisão da portaria de rácios e a dotação de pessoal não docente, de forma a corresponder às necessidades das escolas.
À agência Lusa, Artur Sequeira, da FNSTFPS, avançou que “o impacto da greve de hoje é igual ao das outras greves, ou seja, está acima dos 85%”. “Os trabalhadores estão em greve, mas como foram convocados serviços mínimos para uma outra greve, convocada por um sindicato oportunista, estas pessoas têm de estar nas escolas”, disse, referindo-se ao S.TO.P.
Isto porque, face à greve convocada por esse Sindicato desde dezembro para professores e pessoal não docente, o Ministério da Educação solicitou a convocação de serviços mínimos, algo que foi aceite pelo tribunal arbitral. Ficou decidido que as escolhas tinham de garantir três horas de aulas por dia aos alunos, além de refeições, ou garantir a segurança dos alunos dentro dos estabelecimentos escolares.