“Os Sub13 do CD Póvoa foram impedidos de competir. Quando já estavam as duas equipas perfiladas em campo e à espera do apito inicial, o treinador da AA Espinho criou um incidente regulamentar, com o propósito de impedir que o jogo se realizasse”, informou a secção de hóquei em patins do clube poveiro.
O CDP explica que a história deste jogo agendado para a manhã de domingo começa “antes de sair de casa, um dos guarda-redes do CD Póvoa ter tido um resultado positivo num teste à covid-19 e ter sido obrigado a faltar ao jogo. Na tentativa de garantir que o jogo se desenrolasse, o CD Póvoa equipou um dos seus atletas de campo com a camisola de guarda-redes, mas, por razões logísticas, não tinha disponível o restante equipamento”.
E continua o seu esclarecimento: “Uma situação excecional provocada por uma situação pandémica que ninguém pode controlar e que exigia bom senso, fair-play, pedagogia” e adianta que foi igual a uma outra situação “que ocorreu ontem mesmo, no nosso pavilhão, com uma equipa adversária num outro escalão, à qual prestámos toda a assistência necessária, garantindo que o jogo se realizasse”.
Apesar da equipa do CDP se apresentar “já inferiorizada”, foi a Espinho para competir e sublinha que “uma equipa inteira, entre treinador, seccionistas, atletas e pais, madrugou neste domingo para fazer mais de 50km até Espinho e assegurar mais um salutar momento de competição a atletas que, antes de o serem, são crianças. Crianças que, independentemente das cores que vestem e das ambições que têm, valorizam o jogo e a modalidade que abraçaram”.
Indignados pela não realização do jogo, os responsáveis do hóquei em patins do CDP explicam que “foram esses atletas, os da AA Espinho e os do CD Póvoa, os primeiros a serem desrespeitados. Foram eles os principais prejudicados por um treinador que se agarrou aos regulamentos como a uma boia de salvação, assegurando na secretaria três pontos que se recusou a discutir em campo, ignorando olimpicamente a flexibilidade e a vontade alheias”.
O hóquei do CDP confessa que “as lágrimas dos nossos atletas por não poderem cumprir a missão para a qual trabalharam durante a semana terão de ser suficientes para fazer corar de vergonha os protagonistas de um episódio intolerável e que mais não faz do que manchar o hóquei em patins” e deixa um alerta que “à AA Espinho até podem ser creditados três pontos na tabela graças a esta artimanha condenável, mas, com comportamentos deste calibre, serão sempre os últimos classificados no jogo da pedagogia, do bom senso e do respeito”.