Iniciam nesta terça-feira trabalhos de conclusão do prolongamento da Via B

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Tem início nesta terça-feira (3) a obra do prolongamento da Via Circular Urbana, chamada Via B, no troço entre a Rua de José André e a EN13. Com estes trabalhos, a via ficará completa. Lembre-se que a primeira fase da via foi inaugurada em junho do ano passado.

De acordo com a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, “para a execução desta via será necessário proceder ao corte de tráfego, tendo como alternativa a utilização da EN13, entre o cruzamento da estação rádio naval e o cruzamento da Rua José André”.

A obra foi adjudicada por quase 2,4 milhões de euros (2.381.896,32 euros) e tem um prazo de execução de cerca de um ano. Vai “estabelecer a ligação final e direta entre o município de Vila do Conde, a sul, e a EN13, junto à estação rádio naval, constituindo-se como uma verdadeira variante ao centro urbano da Póvoa e de Aver-o-Mar”, afirma a autarquia.

A nova via será constituída por uma faixa de rodagem em ambos os sentidos, terá iluminação pública e dará continuidade à ciclovia existente, a implantar no lado nascente.

Lembre-se que esta obra causou discórdias entre o executivo municipal da Póvoa de Varzim.

Em fevereiro, quando foi decidida a abertura de concurso público para a obra, os vereadores do PS votaram contra, dizendo que “não negamos o interesse de completar um projeto que é uma ambição dos poveiros e da Câmara Municipal há muito tempo”, mas “parece-nos que o projeto encareceu demasiado. O custo por quilómetro é astronómico”, até porque o troço tem apenas cerca de 800 metros.

“Nós, ao votarmos contra, censuramos a opção que foi decidida sem naturalmente querer dizer que somos portadores de uma solução melhor antes de estudar realmente as alternativas”, disse na altura João Trocado.

Segundo Aires Pereira, presidente da autarquia, esta é “das obras mais importantes que temos para concluir”, pelo que “não faz sentido” não a terminar. “É uma obra que teve umas exigências especiais por parte da APA [Agência Portuguesa do Ambiente]”, nomeadamente a construção de um viaduto para uma linha de água presente no local que “ficará a cerca de metro e meio, dois metros do solo e é naturalmente um desperdício de dinheiros públicos”, disse na mesma ocasião edil, “que nos trazem um encargo superior em cerca de 1,2 milhão de euros”.