A Iniciativa Liberal da Póvoa de Varzim emitiu esta sexta-feira um comunicado criticando o município por esperar 16 anos para remover o fibrocimento das escolas.
O partido lembra que desde 2005 que é proibida a utilização de fibrocimento, composto por fibra de amianto, em novas construções, por ser considerado um material potencialmente cancerígeno, devendo a exposição a qualquer tipo de fibra de amianto ser reduzida ao mínimo. Embora, legalmente, não seja obrigatória a remoção do amianto existente nos edifícios, é uma “obrigação moral dar prioridade à saúde dos poveiros, especialmente às nossas crianças”, escreve a estrutura liderada por Ricardo Zamith, lembrando que só agora, passados 16 anos da proibição da utilização de fibrocimento nas construções, é que este executivo pretende tomar medidas com vista que as escolas fiquem livres de amianto.
“Se a educação e a saúde alguma vez tivessem sido uma prioridade na Póvoa de Varzim, desde 2005, que o município deveria ter planeado a remoção gradual do amianto dos nossos equipamentos escolares, bem como ter investido na melhoria dessas mesmas infraestruturas escolares”, pode ler-se.
Há escolas do primeiro ciclo onde “é notória” a falta de investimento, sendo que algumas continuam “nas mesmas condições” de há 40 anos: “Carecem de falta de sistemas de isolamento térmico, sistemas de climatização das salas de aulas ou mesmo de passeios nos acessos a algumas escolas. Estas condições dos estabelecimentos de ensino comprometem quer a concentração e a aprendizagem dos alunos, quer a sua própria segurança”.
Antes de decidir avançar com “obras avulsas”,a Iniciativa Liberal diz que é necessário traçar um diagnóstico geral sobre as necessidades dos equipamentos escolares do concelho, e só depois construir um plano de investimento a longo prazo, baseado nessas mesmas prioridades.
Para este executivo, “as prioridades são as obras que se encontram a ser executadas em cada momento, sendo que o plano é sempre o mesmo: navegar à vista rumo às eleições. A Iniciativa Liberal vai continuar a debater-se pelo que é realmente prioritário: a educação e a saúde das nossas crianças”, conclui a nota.