Ivete Marques lembra que “se o agricultor não produz, a cidade não come”

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As palavras são de Ivete Marques, registada Maria Gomes Amorim Marques. “O meu pai registou-me como Maria Ivete, mas naquela altura o nome Ivete ficou para aprovação de Salazar, ficando até hoje por aprovar. Desde sempre a minha família e os meus amigos tratam-me por Ivete, então é o nome pelo qual gosto que me tratem e nunca vi necessidade de o alterar oficialmente. Isto já me provocou algumas situações caricatas, mas são histórias para outra altura”, conta.

Nascida e atual residente da freguesia de Aver-o-Mar, é proprietária da Agrozim, firma que apoia a atividade agrícola, fazendo a distribuição de produtos. Responsável pela empresa há 30 anos dando-lhe o nome pelo qual é agora conhecida, Ivete fez a junção de dois negócios independentes existentes na família. Por um lado o negócio do seu pai que distribuía produtos Bayer e ADP, e por outro lado o negócio do seu Tio Álvaro que vendia SAPEC, atualmente ASCENZA, em que ambos vendiam soluções e compravam o produto acabado ao agricultor, fechando assim o circuito.

Desta forma, com a atual gerência, houve uma mudança de rumo. “Adaptei a situação de um comércio que se vendia mais diretamente ao público, porque havia muita agricultura, e fui transformando isto em distribuição, mantendo sempre a venda ao público e o circuito de compra”, conta.

A inovação é a palavra de ordem

A empresária explica que “nunca quis crescer muito mais do que o Norte do país”. No entanto, isso não quer dizer que as fronteiras a parem: “consolidei as parcerias já existentes com grandes multinacionais, fiz novas parcerias também com grandes empresas e estamos agora a trabalhar a exportação
para os PALOPs”.

De resto, a aposta da Agrozim são “os produtos novos” e, no fundo, “levar soluções mais longe”. Para isso, Ivete Marques assegura que “temos um corpo técnico dos melhores”, tanto na sede, em Aver-o-Mar, como na filial, em Barcelos. A inovação é a palavra de ordem. “Há uma necessidade de saber muito deste negócio, de ter estratégia.

Os nossos técnicos, para além de fazerem a distribuição dos produtos, prestam assistência técnica e dão muita informação por telefone aos nossos clientes”, adianta, “nós não vendemos produtos, vendemos soluções”.

Entrevista completa na edição impressa de 12 maio.