O jogo Varzim SC – CDC Montalegre está marcado para as 13 horas de sexta-feira (7), no Estádio do Varzim. Será um jogo decisivo, na disputa pelos lugares de permanência na Liga 3.
O Montalegre soma 2 pontos e está em último lugar na série 1 de manutenção, lugar de descida, pelo que este jogo será uma final para a equipa. Também o Varzim, que ocupa o 2º lugar da série, com 8 pontos, lugar de manutenção, mas com apenas mais um ponto que o Fafe, vê o jogo dessa maneira, garante o técnico Bruno China.
“O Montalegre joga uma final, mas nós também jogamos uma final. Acho que nesta fase todos os jogos são praticamente finais. Isto é curto. O Montalegre mais pressionado que nós, claramente, pela questão pontual. Nós um bocadinho, em relação ao Montalegre, mais folgados nesse aspeto. Mas também queremos ganhar”, sublinhou na conferência de imprensa de antevisão ao jogo, nesta quinta-feira.
Leia aqui as declarações completas de Bruno China em antevisão ao jogo Varzim-Montalegre:
“Amanhã o Varzim joga o seu segundo jogo nesta fase, uma fase muito curta. A vitória é importante para tentar acalmar e ver se o Varzim definitivamente consegue encarreirar para as vitórias. O que é que está a falhar neste momento para o Varzim não conseguir ganhar?
Amanhã é um jogo importante e vamos entrar com o objetivo de procurar a vitória. Em relação à questão do que está a faltar para o Varzim vencer, eu acho que isso tem contextos diferentes. Desde que nós entramos aqui havia um objetivo claro, que era o estar na fase de subida. O jogo em Guimarães acho que foi uma prova muito grande disso. Achamos que o estado emocional não era o melhor, a confiança não era a melhor.
Infelizmente vinha de uma fase já descendente do Varzim e não conseguimos o que queríamos que era entrar com uma vitória e voltar a ter a confiança e os jogadores acreditarem no que se está a fazer. Apesar disso, acho que depois demos uma boa resposta nos jogos com o Vilaverdense e com o Canelas. Acho que foi dois jogos que não os vencemos, acho que o futebol não foi justo connosco, sobretudo o jogo com o Canelas.
E depois em Paredes, não conseguimos o tal objetivo. Acho que houve um levantar de ânimo nos jogos com o Canelas e com o Vilaverdense. Fomos para uma final em Paredes, não conseguimos, e o estado anímico volta a quebrar.
Quando se falha um objetivo tão grande como era desde o início da época, acontece isso. Tivemos duas, três semanas para trabalhar. Acho que trabalhámos bem, os jogadores tiveram um bom empenho, atitude, estão a procurar absorver cada vez mais aquilo que a gente pretende.
Em São João de Ver, o que eu acho que faltou para vencer foi perceber os momentos de jogo, tão simples quanto isso. Até podíamos não vencê-lo, mas nunca o podíamos perder, porque fizemos o mais difícil. Com dez conseguimos empatar, conseguimos estar por cima do jogo e depois, aquele estado emocional de querer procurar a vitória, termos de ganhar a todo o custo, se calhar traiu-nos.
Neste momento acho que é muito o estado emocional. Acho que ninguém pode apontar em termos de empenho, em termos de atitude, os jogadores têm tido. Agora falta-lhes aquela vitória se calhar para os libertar, para lhes dar a confiança que eles bem necessitam.
Em relação a este jogo, o Montalegre joga aqui uma final, porque está obrigado a vencer. Isto vai ser quase um jogo de xadrez, um jogo tático? O que projeta para este jogo?
O Montalegre joga uma final, mas nós também jogamos uma final. Acho que nesta fase todos os jogos são praticamente finais. Isto é curto. O Montalegre mais pressionado que nós, claramente, pela questão pontual. Nós um bocadinho, em relação ao Montalegre, mais folgados nesse aspeto. Mas também queremos ganhar.
Eu acho que nós temos de saber ser uma equipa que conhece os momentos de jogo. Há momentos que vamos estar por cima e temos de acelerar, temos de continuar a dar ritmo ao jogo. Há outros momentos que vamos estar por baixo, se calhar temos de o acalmar, temos de resfriar, queimar um bocadinho de tempo para depois voltar a estar por cima. Acho que temos de ser superequilibrados, em todos os momentos dos jogos. As equipas que são mais equilibradas, são as que ganham mais jogos e é isso que nós vamos tentar ser amanhã, uma equipa equilibrada. Quando estivermos por cima e estivermos para atacar, vamos atacar, mas também quando tivermos de defender, temos de defender. Não há volta a dar. O jogo tem duas fases, a fase com bola e fase sem bola. É um jogo de xadrez, com e sem bola, mas temos de ser superequilibrados.
No futebol, como na vida, há momentos bons, momentos maus e este seguramente é um momento menos positivo do Varzim. Mas vocês são privilegiados porque está com vocês dar a volta por cima a esta onda negativa. E naturalmente, o que se pede da parte de quem acompanha, de quem gosta de Varzim, é exatamente que amanhã consigam vencer o jogo.
Claramente, acho que você disse tudo. Nós, como já o disse, somos uns privilegiados por trabalhar neste clube que neste momento nos oferece todas as condições para fazer um bom trabalho, sem dúvida alguma. E amanhã queremos entrar no jogo para nós termos uma alegria, porque também nós merecemos. Nós trabalhamos, nós equipa técnica, jogadores, staff, direção, trabalhamos para ter alegrias e queremos oferecer essas alegrias a quem nos apoia, neste caso às pessoas que nos acompanham, os adeptos também merecem. E é com esse objetivo que vamos entrar no jogo, mas sem nunca perder a cabeça. Se perdermos o equilíbrio, estamos sempre mais perto de perder.
O Varzim tem feito, ao longo da época, diversos apelos à massa associativa no sentido de apoiar a equipa. O facto de ser à hora do almoço e no dia de feriado, espera que os associados apareçam ao jogo?
Sim, claro que sim. Acho que toda a gente tem a noção que é um jogo importantíssimo. E acho que quem é do Varzim não é só do Varzim nos bons momentos. Tem de ser do Varzim nos momentos menos positivos também, para nos ajudar, para ajudar o clube. Eu pelo menos encaro o futebol assim. Futebol de ser adepto de um clube só quando ganha, acho que não faz sentido. E acho que isso também não existe aqui na Póvoa.
Acho que as pessoas que gostam realmente do Varzim são apaixonadas, por isso gostam do Varzim nos bons e nos maus momentos. E amanhã acreditamos que vamos ter o apoio deles. Já disse isto várias vezes. Eles durante os 90 minutos têm tido um comportamento exemplar. Sempre apoiaram durante os 90 minutos. Depois, no final, se demonstram o seu desagrado, têm todo o seu direito. Mas durante os 90 minutos têm tido sempre um comportamento exemplar. Têm-nos apoiado. E amanhã acreditamos que vão voltar a apoiar-nos durante os 90 minutos, porque os adeptos vêem-se também nos momentos menos positivos e não apenas quando as coisas correm bem.
O Varzim teve esta semana um caso com o Bonilla. O que é que o treinador tem a dizer sobre isso?
Isso aí infelizmente ultrapassou a nossa esfera. Isso é uma questão da administração. Quem terá de responder a essa questão será a administração.”