Um jovem atleta do Regufe, menor de idade, foi ferido com gravidade, o que levou a ser assistido no Hospital da Póvoa de Varzim, após a agressão sofrida no final do jogo de juvenis que opôs Matriz e o Regufe, da 11ª jornada do campeonato Inter-Freguesias, e que terminou com vitória da Matriz, por 3-0. Nas redes sociais, o Regufe partilhou fotos do atleta ferido no hospital.
Sérgio Ferraz, presidente do Regufe, disse ao MAIS/Semanário “que o jogo foi muito disputado e que o Regufe perdeu bem. O nosso jogador, no último lance da partida foi expulso. Logo após o jogo terminar, existe uma entrada em campo de um adepto da equipa adversária, que agride o nosso jogador, deixando-o num estado lastimável”.
Sérgio Ferraz explica que depois da agressão “tivemos todo o cuidado com o atleta, fomos ao hospital e fomos à polícia apresentar queixa e agora o processo irá seguir os seus trâmites legais”. Já esta segunda-feira, o atleta do Regufe, “foi ao Instituto de Medicina Legal para ser observado, pois um dos um dos ferimentos que tinha na cabeça foi efetuado com um objeto cortante, talvez uma chave ou um anel, porque estava bastante feia a lesão”, acrescentou o presidente do Regufe.
Sérgio Ferraz afirmou, ainda, que “no Regufe somos contra qualquer tipo de violência no desporto (descrito em comunicado publicado na noite de domingo). Tudo o que se passou depois também é condenável, porque os jogadores envolveram-se de parte a parte em agressões e massa adepta também. Mas realmente tudo foi despoletado por uma situação que não devia ter acontecido que foi a invasão do terreno de jogo por parte de um adepto da equipa adversária”, sublinhou.
Do outro lado, António Quilores, presidente da ACR Matriz, contactado pelo MAIS/Semanário, resolveu para já não falar, pois tem previsto para a noite desta segunda-feira uma reunião para apurar pormenores. No entanto, também no domingo, a associação publicou um comunicado, onde explica a ausência nos jogos marcados para esse dia, nos escalões de escolinhas e traquinice.
A associação da Matriz esclarece que a decisão de não comparecer aos 2 jogos se deveu “a um ambiente de intimidação, desrespeitoso e agressão, registados no dia 1 de fevereiro de 2025 e comunicada à direção da A.F.P.P. Varzim no final do dia 1 de fevereiro de 2025”.
Para a ACR Matriz, “tendo a consciência das penalizações, desportivas e financeiras, a que poderemos estar sujeitos, acreditamos que não podem existir valores que se sobreponham aos nossos. O nosso compromisso sempre foi com o respeito, a segurança e o bem-estar de nossos atletas, treinadores e familiares. Lamentamos profundamente qualquer desconforto que esta decisão possa ter causado, mas acreditamos ser fundamental zelar por um ambiente saudável e seguro, de forma veemente e inequívoca”.
Os dirigentes da Matriz afirmam, ainda, que “acreditamos que o desporto deve ser um espaço de aprendizagem, convivência e respeito mútuo. Não podemos, por isso, deixar passar esta situação sem que, a mesma, seja objeto de profunda reflexão pela parte de todos. Estamos abertos ao diálogo e dispostos a colaborar no desenvolvimento de soluções que garantam a harmonia e o respeito”. O MAIS/Semanário tentou contactar, sem sucesso, António Pereira, presidente da Associação de Futebol Popular da Póvoa de Varzim, entidade que organiza o Inter-Freguesias do concelho da Póvoa de Varzim.