À hora em que escrevo este artigo tinha já um ou outro escrito e devidamente estruturado. No entanto, tomando conhecimento da perda do nosso concidadão José de Azevedo, não poderia deixar passar este momento na espuma dos dias.
Sem menosprezar todo o seu papel enquanto autarca e repórter, aquilo que destaco em José de Azevedo foi o seu amor à cidade, às suas tradições e à sua cultura. Mas esta, não era uma paixão passiva, ou seja, como muitos de nós, não se limitava ao orgulho de ser poveiro e das suas gentes.
José de Azevedo teve um papel inestimável na construção da identidade poveira com todas as suas publicações, nas quais exultou e descreveu os seus traços culturais. Igualmente, e de forma ativa, foi um dos criadores das festas de S. Pedro como as conhecemos hoje.
A sua escrita era um fiel retrato da sua personalidade. Um jeito ímpar para converter momentos em histórias, sempre com uma dose certa e refinada de humor. Foi pela voz do próprio que ouvi a eternizada história “Poveirinhos pela graça de Deus!”.
Cumpre aos que cá ficam, recordar a sua memória e honrá-la continuando a construir a identidade da nossa cidade e das suas gentes através da cidadania ativa e da partilha das nossas raízes.
Em nome de todos os poveiros, um eterno e saudoso OBRIGADO! – André Tavares Moreira.