Foi lançado, no sábado (25), o livro de fotografia documental ‘Sardinha, o sem fim da pesca do cerco’, de Helder Luís. O projeto foi concretizado a borde de embarcações sediadas no norte do país, numa aventura de quatro anos.
No lançamento da obra, o fotógrafo explicava que a pesca do cerco é uma “arte bastante complexa”, e que tentou captar, para além do labor, também o “fator humano do trabalho”.
Luís Diamantino, vereador da Cultura da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, elogiou o trabalho de Helder Luís, dizendo que “são histórias que vale a pena contar”. Destacou ainda que “esta história que ele nos conta aqui, da pesca do cerco, é uma história que começa em terra. Tudo começa em terra”. Já a história dos pescadores “começa em terra, mas continua no mar”.
‘Sardinha, o sem fim da pesca do cerco’ surge enquadrada na residência artística MAR|PVZ|19/20, realizada com o apoio do município da Póvoa de Varzim. Procura “documentar aquela que é a arte de pesca mais importante em Portugal”, lê-se numa nota de imprensa acerca do livro, mas também ser “um contributo para o reconhecimento dos homens que passam as noites no mar atrás de um peixe que teima em escapar e que, tantas vezes, regressam sem sustento para os dias seguintes”.
Da autoria do fotógrafo, designer e artista multimédia poveiro Helder Luís, o livro conta com contributos científicos de Álvaro Garrido, professor catedrático e diretor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e de Diana Feijó, técnica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a par das ilustrações científicas de Pedro Salgado, biólogo.