A música é uma forma de linguagem universal, que não precisa de palavras para ser entendida por qualquer um. Serve também como agregadora: diferentes línguas, culturas e tradições unem-se através dela, sem precisar de tradutor. Foi a partir deste espírito que a maestrina vilacondense Jo Maia criou a orquestra comunitária ‘Fuchstruppe’, em Berlim – e vários outros projetos, igualmente focados na arte como forma de expressão e comunidade.
Jo começou a estudar música há cerca de duas décadas. Por volta dos 12 anos, recebeu a primeira guitarra e, nessa altura, teve “as primeiras aulas, onde aprendi os acordes básicos”, conta ao MAIS/Semanário. “Pouco depois, tive o acaso de mudar para um professor que me apresentou o mundo da técnica e do repertório clássico” – e aí, realmente, descobriu a sua paixão, enveredando pelo estudo da guitarra clássica, produção musical, direção de coro, banda e orquestra.
O caminho da música levou-a a Berlim, onde reside há quatro anos. Na capitã alemã – “uma cidade nova, num país novo”, recorda – sentiu falta do “espírito de união e companheirismo” que viveu em Portugal, nomeadamente na tuna académica. Assim, surgiu a ideia: porque não criar um projeto musical comunitário?
Este texto faz parte de um artigo publicado na edição de 23 de julho no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).