Com os votos a favor dos eleitos pelo PSD e a abstenção dos dois vereadores do PS, foi aprovado o Plano e Orçamento da Câmara Municipal da Póvoa para o próximo ano, na ordem dos 65,3 milhões de euros. O documento foi analisado, na reunião extraordinária do executivo realizada na tarde de segunda-feira, e segue agora para discussão na próxima Assembleia Municipal, onde os sociais democratas também têm maioria.
Sobre a pandemia da covid-19, “o orçamento foi reforçado em mais um milhão de euros com o apoio direto às famílias e a todos os que se encontram em carência económica”, disse Aires Pereira, presidente da Câmara, e adiantou que está a ser dada “continuidade ao apoio ao comércio local e às IPSS, como o apoio às obras de requalificação do Centro Hospitalar com 1,5 milhões de euros”. Para as freguesias, o município destina a transferência de verbas para investimento que passam de 750 mil para 1 milhão de euros.
O edil volta a destacar a política fiscal da autarquia, que continua sem agravamento e explica que “em concreto serão cobrados menos 5 milhões de euros aos munícipes por ter o IMI a 0.3%, valor mais baixo permitido por lei, sendo introduzida a redução do IMI para as famílias com um dependente e mantendo-se a redução para famílias com mais de 2 dependentes”, além de também deixar de receber “mais de meio milhão de euros devido à devolução de 1% do IRS, assim como deixa de arrecadar cerca de 800 mil euros por continuar sem cobrar derrama”.
Aires Pereira reforça que cerca de um terço do orçamento, 27 milhões de euros, são destinados à execução de um vasto leque de obras, como a continuidade da Via B, Pavilhão Desportivo da Escola Secundária Eça de Queirós, requalificação das Escolas Dr. Flávio Gonçalves, Machuqueiras e Giesteira, construção do Parque de Estacionamento do antigo Quartel, construção da Póvoa Arena, requalificação do Bairro dos Pescadores, revitalização do Mercado Municipal, alargamento da rede de saneamento em São Pedro de Rates, expansão e repavimentação da Rua da Fontinha na freguesia de Beiriz”.
PS opta pela abstenção
José Milhazes, vereador eleito pelo PS, referiu que o voto de abstenção se deve ao facto “de este não ser o nosso orçamento e o nosso programa”, mas esclareceu que a sua posição e “do dr. Miguel está na linha de votação dos anos anteriores em que também decidimos pela abstenção”. O militante socialista acrescentou que gostava de ver outras medidas englobadas no documento.
José Milhazes destacou o plano de crescimento de receitas e do investimento previsto pela Câmara da Póvoa de Varzim em muitas obras.
Noticia completa na edição papel de 2 de dezembro