Médico poveiro distinguido pelo Comando do Pessoal do Exército

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Rui Faria, neurologista poveiro, foi distinguido pelo Comando do Pessoal do Exército português pela sua atuação e trabalho em Moçambique, entre 1965 e 1968, durante a Guerra Colonial. A cerimónia decorreu na passada quinta-feira, 6 de março, no Quartel-General do Porto, coincidentemente no dia em que se celebravam 57 anos do regresso do poveiro à sua terra natal.

Findo o seu serviço no Ultramar, e conforme está escrito no seu registo militar, o médico poveiro recebeu um voto de louvor por, “durante cerca de 12 meses, ter soberbamente demonstrado possuir excelentes qualidades de caráter, coragem, abnegação e profundos conhecimentos da sua profissão”.

“Desembaraçado, humano e de elevada dignidade moral, não tem horas de descanso e é de dedicação sem limites pelo serviço, sem distinção de graduação de doentes”, lê-se também. E continua: “por todas as distintas qualidades e plena noção perfeita e ímpar que tem no cumprimento dos deveres, ultrapassando os níveis habituais, é o dr. Rui Faria amplamente digno de ser apontado como exemplo, o que muito honra este Comando”.

Apesar deste louvor já existir desde 1968, só agora chegou às mãos do poveiro. Na mesma altura, recebeu uma medalha das Campanhas e Comissões Especiais das Forças Armadas Portuguesas.

Em setembro do ano passado, Rui Faria foi distinguido pela Presidência da República com a Ordem de Mérito, como reconhecimento pelo seu trabalho, não só como fundador do Centro de Estudos e Apoio à Paramiloidose, mas também como impulsionador do serviço de Neurocirurgia do Hospital de S. João, como presidente da Assembleia Municipal da Póvoa por dois mandatos, e também pela sua atividade cultural, a nível da fotografia.