A propósito do estado de emergência, o PCP da Póvoa de Varzim criticou as limitações impostas pela Câmara ao funcionamento do mercado e das feiras. O partido entende que é possível manter os espaços abertos mais tempo desde que haja organização. “Não é necessário entrar em corridas para ver quem é mais restritivo, indo além do que está decidido a nível nacional”, explicam em comunicado.
O PCP diz que a limitação horária do mercado ao sábado e encerramento nas vésperas de feriados, bem como a proibição de feiras, tem implicações económicas e financeiras “desastrosas” para os produtores, comerciantes e feirantes.
A limitação do horário de funcionamento do mercado ao sábado “já provou ter como consequência uma maior concentração da parte da manhã”, pelo que a abertura durante todo o dia permitirá haver “melhores condições” de cumprimento das regras sanitárias, propõe a Comissão Concelhia. O horário limitado e o encerramento nas segundas feiras “impedem” que os produtores possam escoar os seus produtos e que comerciantes possam equilibrar contas, num ano “tão difícil” para estes setores.
No que se refere ao encerramento das feiras, coloca-se a mesma “preocupação” em relação aos comerciantes.
“O que a Câmara Municipal não quer assegurar, juntamente com as Juntas de Freguesia, é o cumprimento das condições de segurança, bastando para isso mobilizar mais trabalhadores para fazer cumprir as regras sanitárias”, critica o PCP.
“Quais são as justificações que Aires Pereira/PSD apresenta para tal decisão? Que articulação foi feita com as autoridades de saúde para decidir que não há condições para manter o funcionamento destas atividades?”, questionam, antes de terminar:
“A Comissão Concelhia da Póvoa de Varzim do PCP entende que é possível cumprir todas as regras sanitárias, desde que sejam tomadas medidas com fundamento, organizando os espaços e permitindo que a atividade económica não seja ainda mais reduzida”.
Foto José Alberto Nogueira