O Eixo Atlântico quer potenciar uma região mais sustentável, a pensar no futuro das cidades e do planeta. No V Seminário de Intercâmbio de Experiências no Âmbito da Sustentabilidade, que decorreu na terça-feira no Cine-teatro Garrett, foram discutidas estratégias para a mobilidade sustentável nos 39 municípios integrantes no Eixo.
“Só através da cooperação é possível atingir os objetivos que hoje se colocam”. Foi assim que Luís Diamantino, vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim abriu a sessão, relembrando que, neste “tempo novo” de pós-pandemia, “temos pela frente desafios comuns e objetivos partilhados”.
Um destes objetivos, lançado pelo Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, é diminuir para 25% as deslocações em veículo privado nas zonas urbanas. “Quem manda agora é o veículo privado, mas este plano propõe que quem passe a mandar seja o transporte público”, afirmou Francesc Cárdenas.
O ecologista urbano e consultor ambiental defendeu ainda que “temos de estruturar as nossas cidades de acordo com as linhas públicas e com promoção de modos de mobilidade suaves como a bicicleta”. “A mobilidade tal como a conhecemos tem os dias contados”, referiu.
Quanto a números concretos, o Eixo Atlântico propõe que qualquer cidadão tenha acesso a uma paragem de transporte público a menos de 300 metros do local onde reside, que mais de 60% do espaço público das cidades sejam reservadas aos peões, e que sejam criadas zonas de baixas emissões de carbono em cidades com mais de 50 mil habitantes.