Há as que nos conhecem e há as que já ouviram falar de nós! Há as que nos visitam porque gostam de se vestir bem e aquelas que nos visitam porque conhecem o nosso valor!
Há as que gostam de passear pela rua desfilando um saco de uma loja
da moda e as que preferem escolher a tranquilidade do seu lar. Há as amigas que são mais que clientes e mais que isso são Família! Somos um pronto a vestir e a frase que vestimos melhor, quem nos conhece sabe de cor!
“A elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado subtil de se deixar distinguir” frase da autoria do sr. Paul Valéry.
O nosso nome é La Eleganza estamos situados no nº49 na maravilhosa Rua da Junqueira, que é das ruas pedonais mais antigas do país. Nela já “desfilaram” as mais altas personalidades, nas mais variadas décadas.
Décadas, era aí que queríamos chegar já que este ano festejamos a nossa 1ª e esta foi a forma escolhida para festejar consigo. Para comemorar a nossa primeira década vamos falar-lhe das décadas douradas, marcadas pela luta e liberdade de todas as mulheres, pela história que marcou quem somos todas hoje por isso vamos contar-lhe mensalmente de como a moda atual e as suas tendências se inspiram em décadas passadas.
Afinal estamos a falar de décadas e a primeira escolhida será a década de 1920, “os loucos anos 20”. Não por ser a nossa década preferida, mas por ser historicamente das mais importantes na história da moda feminina. Estamos há uma década a vestir elegância com amor.
Amor pela moda, pelo vestir bem, pelo tecido que cobre a pele das filhas, mães e avós que nos brindam todos os dias com o seu sorriso.
Com os homens destacados para a batalha as mulheres deixam de ser só donas de casa, arregaçam as mangas para levar avante: escolas, hospitais, comércio, explorações agrícolas, etc.
Tomam o comando do seu dia-a-dia e por isso optam por roupas mais leves e confortáveis para dar mais movimento e liberdade para isso, abdicam dos corpetes, espartilhos, vestidos pesados e densos até aos pés, deixando de lado os looks rígidos e desconfortáveis. As cinturas, antes marcadas e bem femininas, desceram para os quadris já que a cintura marcada muitas vezes impedia os movimentos das mulheres e estas precisavam trabalhar, já que muitos de seus esposos haviam morrido na guerra ou para colocar mais dinheiro em casa.Nos anos 20 para os looks diurnos destacam-se os cortes direitos/tubulares com braços, pernas, decotes no peito e costas à mostra. As bainhas são subidas para alturas nunca vistas e usam-se meias da cor bege sugerindo pernas nuas. O uso do chapéu torna-se obrigatório. Lança-se a tendência dos blazers, dos cardigans e das camisolas inspiradas no vestuário masculino. As roupas desportivas são desenvolvidas para serem usadas num almoço nos restaurantes da moda.
O mesmo se passa nos dias de hoje em que a roupa desportiva faz um remake para ser usada em qualquer evento, com mistura de tecidos, lantejolas e bordados.
Em 1926 Coco Channel lança o mais famoso e intemporal ícone de moda, o famoso vestido preto “Little black dress” que ficaria para sempre como o símbolo da emancipação feminina uma vez que na altura apenas era usado por criadas, viúvas ou padres.
Tornam-se tendência nessa década as cores escuras e sóbrias, já que muitas famílias viviam um luto pelos familiares que morreram em guerra. O famoso vestido preto passou a ser um básico e essencial em todos os roupeiros e usado das mais variadas formas até hoje.
As mulheres passam a ter uma vida social mais ativa, saem para dançar o charleston, foxtrot e jazz, usando os vestidos em seda bordados com pedrarias e lantejoulas, longas franjas, plumas e transparências que conferiam o movimento e liberdade quando dançam e socializam.
Na moda atual podemos ver as franjas em vestidos de festas com correntes de missangas, em colares e até em carteiras. As pérolas imperam em colares, brincos e complementos na década de 1920, nos dias de hoje são usadas em peças de roupa criando volume tanto em peças desportivas como jeans ou mais elegantes como vestidos. As mulheres renasceram nesta década, tornam-se independentes e decidem usar a moda para traduzir a sua posição.