Milhares e milhares de pessoas, na sua grande maioria da Póvoa de Varzim e Vila do Conde voltaram a acompanhar após dois anos de interregno, a Senhora da Saúde no caminho entre a Igreja Matriz e o Santuário de Laúndos, num regresso saudado com muita fé e devoção. Esta foi a 74ª Peregrinação Arciprestal.
A frente do cortejo religioso contou com a presença das dezenas de confrarias do arciprestado da região, que levaram até ao altar da freguesia poveira o andor da Nossa Senhora da Saúde, que voltou a ser levado em ombros por pescadores.
Cumprindo a tradição, o andor parou em frente ao terraço da Misericórdia da Póvoa de Varzim, onde a imagem da Senhora foi saudada por dezenas de utentes e colaboradores da instituição.
Ao longo do percurso de cerca de 7.9 quilómetros entre as duas igrejas, os populares enfeitaram a estrada com tapetes de flores e colocaram colchas nas varandas, enquanto no interior da Igreja Paroquial de Laúndos, foi construído um tapete de flores junto ao altar.
Este ano, o tema escolhido para a peregrinação foi “Onde há amor, nascem gestos”, sublinha o padre Guilherme Peixoto, da Paróquia de Laúndos, o qual escreveu que “um Igreja com um rosto samaritano é uma Igreja atenta às feridas das pessoas, a todos os que vivem uma vida frágil, marcada por qualquer forma de dor, privação, sofrimento, necessidade”.
E completou: “Uma Igreja com o rosto samaritano não é apenas aquela que distribui – e muito bem – géneros alimentares pelos mais necessitados, mas é uma Igreja atenta a tantas outras feridas abertas na carne do ser humano”.