O movimento Nós Avançamos Unidos (NAU) acusou o presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde de “mentir aos vilacondenses” quanto ao arquivamento da denúncia sobre alegadas irregularidades na contratação pública de artistas para espetáculos musicais do verão passado. Numa publicação na rede social Facebook, o movimento independente afirma que o Tribunal de Contas “nem sequer apreciou a denúncia porque os factos lá relatados são de natureza criminal”.
“O Tribunal de Contas apenas emitiu, com data de 27 de fevereiro de 2025 um despacho no qual e citamos ‘… arquivamento do processo de denúncia uma vez que os factos denunciados, de natureza criminal, não se enquadram no âmbito da competência material do Tribunal de Contas…’”, indica a NAU.
O movimento acrescenta que “esta decisão ainda é passível de recurso”, contrariando o que foi afirmado pelo presidente da Câmara. “Vítor Costa que não se precipite. A Polícia Judiciária também recebeu a mesma denúncia e certamente estará a fazer o seu trabalho de investigação”, aponta a NAU.
O movimento volta a referir que determinados concertos foram contratados em Vila do Conde por um valor significativamente mais caro que o valor médio, e que “foram subtraídos dos cofres do Município de Vila do Conde mais de 220 mil euros (em meia dúzia de meses)”.
Lembre-se que, na tarde de quinta-feira (13), Vítor Costa promoveu uma conferência de imprensa na qual afirmou que “a propósito da contratação de artistas e organização de espetáculos de verão de 2024, a Câmara Municipal e o presidente da Câmara foram vítimas de calúnias atentatórias da sua honra, dignidade e bom-nome, feitas em reunião de Câmara e em textos publicados nas redes sociais, por parte de movimentos políticos e a título individual, e até em denúncias infundadas para entidades públicas”.
Na altura, ao autarca declarou que, depois de analisar o processo, o Tribunal de Contas determinou que “a Câmara Municipal de Vila do Conde agiu em conformidade com a lei”, “não havendo qualquer razão para dar seguimento à denúncia”.