“Já comunicamos o fim do lay off de todos os funcionários e regularizamos a sua situação salarial. A partir de segunda-feira o clube retomará a atividade normal da sua atividade”, declarou Sérgio Duarte, presidente do Clube Desportivo da Póvoa, na cerimónia pública de tomada de posse dos órgãos sociais eleitos a 10 de fevereiro.
Na sessão, que decorreu ao final da tarde de sábado, no Auditório Municipal, Sérgio Duarte revelou que lidera “uma equipa de trabalho que está a romper com o passado e à procura de horizontes totalmente distintos para o clube. Nesse horizonte a cooperação do município é determinante, para que o CDP possa efetivar como prestador de serviços à comunidade e a todos os que nos visitam de forma sustentada, realista e transparente, tornando-se assim um parceiro de excelência com o município”.
O novo presidente disse que conta com todos os colaboradores e coordenadores, “disponibilidade para o trabalho e anseios, desde que o trabalho seja feito de uma forma sustentada, dinâmica e assente no rigor, e na disciplina desde o primeiro dia em que reuni convosco”.
“Clube não é uma agência imobiliária”, diz presidente da Câmara
Por sua vez, Aires Pereira, presidente da Câmara, começou o seu discurso de forma emocionada, e confessou que “acreditem que é com muita emoção que aqui estou. Tempo demais o que se passou neste clube, e acreditem que temos um futuro em comum que honrará naturalmente este clube todas as pessoas que o servem os seus sócios e a cidade”.
O edil continuou: “Ouvi aqui nomes de pessoas que integram os órgãos do clube que conheço como referência há mais de 50 anos nesta casa, pessoas que nunca pediram nada para si, para além daquilo que deram ao clube. Gente que nunca se pôs em bicos de pés, e que esteve sempre presente quando o clube precisou, e voltar a colocar este clube que é a sua essência, a atividade desportiva e a formação”.
No entanto, não deixou de realçar as suas preocupações. “O que se passou nos últimos tempos não dignifica ninguém, e só se percebe isso para quem nunca na vida viveu este clube da forma daqueles que aqui estão o viveram ao longo dos últimos 50 anos”.
O autarca foi, ainda foi mais incisivo: “Infelizmente, no CDP o que lá vai não lá vai, porque não sabemos quais as consequências de algumas decisões que foram tomadas, e temos que estar todos muito sintonizados, para conseguir se fazer com que o clube volte a ser dos sócios, e que dependa única e exclusivamente dos sócios, e que todas as decisões que foram tomadas precisam de ser repensadas, sob pena de não sabermos qual será o nosso futuro e o do CDP”, e reforçou o apelo à união de todos.
Antes de terminar, Aires Pereira lembrou o ecletismo do Desportivo da Póvoa e lembrou que o clube “não é uma agência imobiliária, e eu para esse peditório não dou. É um clube eclético e que sempre colocou em primeiro os interesses dos seus associados e dos seus atletas e é para isso que todos iremos trabalhar todos”.
Reportagem completa na edição impressa de 23 de fevereiro. Fotos José Alberto Nogueira
