Novos responsáveis do Núcleo Cego do Maio preparam centenário do escutismo

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No passado dia 10 de outubro realizou-se a tomada de posse da junta do Núcleo Cego do Maio de escutismo. A cerimónia decorreu no Santuário da Senhora da Saúde de Laúndos. José Filipe Pinheiro, enquanto chefe de núcleo, agradeceu a todos os seus antecessores e suas equipas, apresentando alguns dos desafios, eixos e temas para o próximo  triénio, como o centenário do Corpo Nacional de Escutas ou a valorização do jovem, estruturas locais (Agrupamentos) e da sua ação nas comunidades e paróquias.

A recém eleita Junta de Núcleo , sob mote trienal ‘Juntos’, propõe-se a celebrar a identidade escutista e católica do escutismo praticado nos 17 agrupamentos dos concelhos da Póvoa de Varzim, Vila do Conde e Esposende.

Para isso, a caminho da celebração do centenário do escutismo em Portugal, em 2023, “queremos celebrar a nossa história e origens, implementando a nossa proposta educativa e método escutista nas nossas unidades”, afirma José Filipe Pinheiro.

“Propomo-nos a dinamizar um plano trienal comum a todo o Núcleo, implementando uma estratégia de desenvolvimento, assente no permanente recrutamento, expansão e animação do efetivo, que valorize os percursos e dons de cada um, continuando a apoiar o investimento na capacitação e formação dos nossos dirigentes, que desempenham uma missão crucial, enquanto educadores e animadores voluntários, e investindo na capacitação de novos líderes”.

Por último, “procuraremos alavancar o envolvimento do escutismo, nas dinâmicas locais dos nossos concelhos, seja pela valorização e promoção de boas práticas, atividade e projetos, como pela criação de pontes e pelo reforço de diálogo com as comunidades paroquiais, autarquias e demais organizações e associações, com que os nossos jovens e suas famílias se relacionam e movem”.

Núcleo conta com 1200 escuteiros

O Núcleo Cego do Maio conta com mais de 1200 escuteiros, distribuídos entre os 6 e 22 anos e 237 dirigentes. Tem 17 agrupamentos (grupos locais, associados a paróquias) ativos, 9 dos quais situam-se no concelho da Póvoa de Varzim.

Atualmente, o Corpo Nacional de Escutas tem mais de 73 mil associados, dos quais 14 mil são dirigentes voluntários, sendo a maior associação juvenil portuguesa.

O Núcleo conta com dirigentes e associados em diversas funções de âmbito regional e nacional, seja em equipas de formação do recurso de adultos, como na animação pedagógica e representação externa. Este facto, reitera, o reconhecimento do mérito pedagógico dos seus dirigentes, que têm vindo a assumir diversas funções na Associação, seja na Chefia Nacional ou Regional, como nas equipas de apoio ou projeto.

‘Escutismo em Casa’ essencial em tempos de pandemia

A pandemia de Covid-19 alterou significativamente a atividade escutista vivida pelos seus agrupamentos, que viram suspensa a sua atividade presencial.

Enquanto medida de contenção, o CNE inclusive, “antecipou-se ao estado nacional de emergência e confinamento socia”, lembra José Filipe Pinheiro.

“Temos vindo a reorganizar a atividade e projetos, nomeadamente através do Portal Escutismo em Casa, que tem vindo a assumir uma missão essencial de manutenção da atividade em confinamento, como de suporte ao processo de ‘desconfinamento’ e retoma gradual da atividade”, diz, destacando a realização do 1º Acantonac, um ‘acampamento’ nacional em casa, realizado em maio, numa experiência inédita, online.

“Neste momento, contamos já com 7 agrupamento ‘desconfinados’, que têm profundamente alterada a sua atividade”, reduzida ao essencial, procurando retomar a dinâmica semanal, que por enquanto respeitará encontros organizados em pequenos grupos, valorizando a atividade ao ar livre e o distanciamento social.

“Reforçamos que o facto de termos que suspender a atividade escutista presencial, nunca significou a suspensão da atividade, uma vez que quase de imediato, reconhecemos a necessidade de organizarmo-nos para dar continuidade aos nossos projetos e planos de progressão e acompanhamento dos nossos jovens e famílias, como envolvermo-nos em projetos de apoio e serviço comunitário”, assegura o chefe de núcleo.

“Acreditamos que a atividade escutista terá que ser capaz de manter-se permanente em adaptação, reinventando-se para que se torne possível, ao mesmo tempo que deverá manter-se fiel à sua matriz, salvaguardando cada um e acompanhando todos os esforços que se vivem diariamente, sendo este um grande desafio para todos: famílias, dirigentes e jovens”, conclui.