Raul Manarte apresentou o seu livro ‘O Altruísmo Não Existe’, no passado sábado, na Biblioteca Municipal Rocha Peixoto. O psicólogo especialista em crise e catástrofe tem vasta experiência de terreno em trabalho humanitário: Moria, Guiné-Bissau, Índia, Moçambique, Bolívia, Brasil, Ucrânia e Sudão do Sul são lugares do mundo que lhe deixaram marcas.
Nem todas negativas, porque, como afirmou em tom otimista, “vi pessoas a passarem pelo pior dos sofrimentos e a irem ajudar os outros – esta atitude, conforme demonstra a literatura científica, é muito mais frequente do que se pensa”.
Mas ‘O Altruísmo Não Existe’ não é uma reportagem sobre as experiências de Raul Manarte nos terrenos catastróficos por onde passou: “É um livro de divulgação científica, e sobretudo um manual de como podemos atuar para darmos mais sentido às nossas vidas dedicando-nos aos outros”, explicou Tânia Furtado Moreira, a moderadora deste evento que se tornou numa conversa autêntica com a partilha de experiências entre o autor e o público presente.
E porque a música é um meio poderoso de cura, Raul Manarte, que é também músico, encerrou a sessão com dois temas ao vivo: “Na Bissau”, canção sobre a mutilação genital feminina e o tráfico infantil que integrou uma campanha da ONU; e “Moria”, acerca das condições sub-humanas naquele campo de refugiados grego. O livro está à venda em todas as livrarias.
