Órgãos sociais do Clube Taurino demitem-se em protesto contra demolição da Praça de Touros

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Todos os dirigentes do Clube Taurino Povoense, direção, assembleia geral e conselho fiscal, demitiram-se das suas funções que exerciam na coletividade como protesto pela futura demolição da Praça de Touros da Póvoa de Varzim.

A demissão dos órgãos sociais do Clube Taurino, até agora liderado por presidente Rui Porto Maia, foi divulgada através de um comunicado esta terça-feira, ficando agora o clube suspenso e entregue a Sérgio Brito, presidente da Assembleia Geral, que apesar de também ter assumido a demissão, fica como “fiel depositário da preservação do património histórico e cultural, que Poveiros fundadores deixaram como herança”.

Os demissionários afirmam que o Clube apesar de “criado e mantido para defender o património histórico e cultural que tem o seu expoente na existência da Praça de Touros, o Clube Taurino Povoense foi, e é, como organização associativa, a genuína congregação de vontades e esforços, na defesa deste símbolo patrimonial, ex-libris desta nossa cidade e concelho da Póvoa de Varzim”, e acrescentam que “não querem ser associados a tal crime”, e “perante tais factos e atitudes do poder político autárquico, que ignorou até a apresentação que lhe foi feita de cerca de doze mil e trezentas assinaturas, apresentaram a quem de direito, a sua demissão, como protesto”.

Para os ex-dirigentes a decisão não passa por “virar a cara à luta, porque continua o gosto pela Festa dos Toiros, pela Tauromaquia”, sublinha a nota enviada à comunicação social.

O equipamento, propriedade da Câmara Municipal, está atualmente em processo de concurso para a sua futura transformação na Póvoa Arena, um pavilhão multiusos que irá abranger diversas funções, com desporto, cultura e atividades económicas e sociais.