O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o ministro do Ambiente e da Ação Climática, sobre a recente derrocada na marginal de Aguçadoura. A força política “quer saber se o Governo tem conhecimento da situação, e qual a explicação que após mês e meio da conclusão das obras na marginal, da responsabilidade da Agência Portuguesa do Ambiente, já tenha ocorrido nova derrocada”.
Os deputados do Bloco querem conhecer, ainda, “os estudos que justificaram a empreitada, os efeitos e impactos que estavam previstos”, como questiona se o Governo vai realizar novas obras de recuperação da marginal e qual o prazo.
A derrocada foi junto às escadarias de acesso à praia de Aguçadoura, entre o Centro de Saúde e a rua da Marginal do Fieiro, na marginal da Vila de Aguçadoura, do concelho da Póvoa de Varzim.
A zona tem sofrido ao longo dos anos várias derrocadas, e o Bloco faz a cronologia, sendo que a primeira em dezembro de 2008, seguindo-se em meados de 2009 a recuperação e reparação do muro e escadaria da responsabilidade da Câmara Municipal e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).
Comenta o BE, “em janeiro de 2015, no mesmo local, a marginal assistiu a uma nova derrocada que levou ao desabamento de 30 metros de muro, passeio e escadas. Em agosto de 2016 a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), investiu 150 mil euros na obra de recuperação da marginal através do assentamento de micro estacas”.
Um nova intervenção já este ano, no mês de março, também após nova derrocada, que obrigou ao corte da marginal ao longo de 200 metros. O Bloco lembra que “a 14 de junho, a APA e a empresa de construção assinaram o ato de consignação da empreitada de proteção das fundações do paramento vertical de sustentação da Avenida da Marginal de Aguçadoura”, no valo de cerca de 75 mil euros, com IVA.
O BE relembra o que disse o vice-presidente da APA, na altura, à comunicação social que “é uma obra quase de conservação e manutenção de uma obra que fizemos em 2015 que resistiu muito bem”. Salientou que se trata de “uma zona que está muito exposta à ação do mar, identificada como vulnerável. Assim sendo, no projeto foi desenvolvida uma solução que é estruturante e robusta. Estamos confiantes que dará uma resposta muito positiva e eficaz para, de uma vez por todas, a marginal ficar consolidada e protegida da ação do mar”. Em agosto a obra estava finalizada.
No entanto, mês e meio após a conclusão da obra na marginal da Vila de Aguçadoura, parte da marginal, junto às escadas de acesso à praia ruiu. Fotos enviadas pelo Bloco de Esquerda.