Passageiro vila-condense no comboio descarrilado descreve o maior susto da sua vida

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José Pereira, 73 anos, ia com a mulher e o neto na carruagem número seis do Alfa Pendular que descarrilou em Soure, Coimbra, após colidir com uma máquina de trabalhos na sexta-feira. Viajava de Lisboa a Campanhã, Porto, para depois seguir para a sua casa em Vila do Conde. Escapou praticamente ileso, além de umas escoriações na perna e braço. A família também está bem.

À Agência Lusa, José disse que, assim que sentiu o choque, o primeiro instinto foi agarrar o neto. E contou:

“Pareceu que o comboio ia a travar, andou-se ali uns minutos largos, com todas as pessoas em pânico”, descreveu, lembrando-se que logo após o embate só se viam “as malas a cair e os ferros a rebentar”.

Apesar de tudo, na sua carruagem, “a calma de todo o pessoal a ajudar uns aos outros foi fundamental”, afirmou à Lusa.

A carraguagem ficou “toda rebentada no interior” e, como os bombeiros ainda não tinham chegado e não havia possibilidade de abrir as portas, houve passageiros que decidiram partir vidros “para poder entrar ar” e pegaram “nas malas, mas nas calmas”.

A concluir, desabafou o vila-condense: “Já apanhei alguns sustos, mas como este não”.

O descarrilamento do comboio Alfa Pendular, no concelho de Soure, fez dois mortos (ambos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal), 7 feridos graves e 43 feridos ligeiros.

Imagem Euronews