O PCP vai propor uma alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) que contemple a inclusão de verbas para a construção de um novo Hospital na Unidade Local de Saúde (ULS) da Póvoa de Varzim e Vila do Conde.
Em comunicado de imprensa, o PCP/Vila do Conde acusa os governos do PS e do PSD de “desleixo e desinteresse” relativamente ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), e afirma ainda que estes partidos “têm gerido de forma negligente a problemática associada ao SNS”.
Lembrando o encerramento do serviço de urgência e do bloco de partos em Vila do Conde, em 2022, “o encerramento do SASU das Caxinas, da Unidade de Saúde de Vairão, a cessação do serviço de ambulância, seguido de encerramento dos serviços de urgência de cirurgia (em 2023), e urgências de pediatria e obstetrícia (junho de 2024)”, o partido aponta ainda à “inação do Governo” que levou à perda de “oportunidade de aceder a 2,3 milhões de Euros necessários para a ampliação do Hospital”.
“Cinco ministros da Saúde do PSD e do PS não foram suficientes para gerir um dossier crucial para a população, e que respeitasse o acesso universal a um serviço de saúde de qualidade”, aponta o PCP.
Na nota, o partido refere também que a inscrição de 7 milhões de euros no OE em 2021 para as obras de requalificação do Centro Hospitalar surgiu por iniciativa do PCP, sendo que “apenas parte foi efetivamente libertada e que no ano seguinte (2022) o valor remanescente cabimentado foi retirado do OE por opção do Governo de maioria do PS, sem que tenha havido qualquer reação por parte dos sucessivos presidentes de câmara de Vila do Conde, demonstrando a total conivência com as opções dos governos do PSD e do PS”.
O PCP/Vila do Conde indica ainda que, com a transferência de competências na Saúde, o executivo vilacondense, “em vez de exigir ao governo a reposição dos serviços retirados e a colocação dos médicos em falta, decidiu assumir os encargos da construção da nova Unidade de Saúde das Caxinas, ficando com as despesas com construção e manutenção, sem qualquer garantia por parte do Ministério da Saúde da colocação dos médicos, enfermeiros e pessoal técnico necessários”.
“O caminho que tem sido seguido não garante o acesso aos cuidados de saúde em igualdade de circunstâncias e apenas favorece o negócio privado da doença cujas unidades têm crescido com cogumelos”, declara o PCP, que estará na sexta-feira (25) na Feira Semanal de Vila do Conde para uma ação de contacto com a população.