O hospital Pedro Hispano, de Matosinhos, nega responsabilidades na origem do surto de legionela que atingiu a zona do grande Porto em finais do ano passado. Argumenta que foi alvo de investigações e que todas as análises obtiveram resultados negativos.
De acordo com a SIC, a instituição entende por isso que é impossível que qualquer doente tenha contraído a doença durante uma deslocação ao hospital.
Joaquim Ferreira, de 85 anos e residente na Póvoa de Varzim, morreu atingido pela doença num altura em que estava confinado à sua casa e que só tinha saído para uma consulta no Pedro Hispano, segundo os advogados da família. Estes anunciaram na segunda-feira que vão avançar com uma ação popular contra o hospital.
A equipa de advogados da família da vítima suspeita que o hospital de Matosinhos terá estado na origem do surto e alega que as autoridades de saúde demoraram demasiado tempo a reagir. Os advogados ponderam recorrer à Lei da Ação Popular para responsabilizar o hospital e o Estado.
O caso está no Ministério Público desde novembro, porém ainda é desconhecido o resultado da investigação que procura apurar as causas do surto.