Pedro Soares não toma “como válida” posição da Comissão Política do PSD de Vila do Conde

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Um dia depois do conhecimento da retirada da confiança política ao vereador eleito para o executivo da Câmara de Vila do Conde, Pedro Soares reagiu em comunicado, no qual afirma que “não a poderei tomar como válida e com a eficácia que a mesma possa vir a ter”.

Na base desta sua decisão, esclarece que não aceita a deliberação da Comissão Política “enquanto não me forem esclarecidos todos os pormenores relacionados com os procedimentos formais da deliberação que visa a retirada de confiança politica”.

Pedro Soares revela que “registo com espanto ter existido uma reunião da Comissão Política, visto que, desde dezembro de 2021 até ao dia de hoje nunca fui convocado para qualquer reunião ordinária ou extraordinária”, e que “estranha, que, tendo havido uma reunião visando a retirada de confiança política, não lhe ter sido concedido sequer o direito democrático de exercício do contraditório. De igual forma, entendo que se exigia uma lealdade institucional em notificar, em primeiro lugar, o visado e não fazer disto um assunto de comunicação social”.

Elucida ainda o vereador, no comunicado, que “a atual Comissão Política, após quase um ano de mandato, não emitiu um guião estratégico e não me apresentou uma lógica formal ou informal de atuação” e aponta que o PSD é um partido de liberdades.

“Não cabe nele (PSD) sinais de pressão ou ostracização a quem pense de modo diferente, ou seja, não vigora a penalização por “delito de opinião”. Para além disso, a liberdade de expressão, inscrita na nossa Constituição, é um direito de todos os cidadãos”, explica Pedro Soares, militante social democrata há 30 anos.