O Varzim, 4º classificado com 12 pontos, recebe este domingo no seu estádio, a Sanjoanense, 8º lugar com 7 pontos. Para o jogo que irá começar às 15 horas, o treinador do Varzim espera uma equipa “sem medo” para esquecer o mau jogo e a derrota de Anadia. Leia aqui, o que disse Vítor Paneira, este sábado, na antevisão do desafio da 8ª jornada da Liga 3 – série A.
Como foi a semana de preparação para o jogo frente à Sanjoanense, depois da derrota e da exibição em Anadia? A semana foi uma semana péssima, sobre uma derrota, a primeira para o campeonato e a forma como foi. Pesada, forte, sem desculpas, com muita falta de compromisso. Não defendemos aquilo que representamos. Já pedi desculpas. Agora temos um caminho a fazer que nós fomos trabalhando esta semana. Os jogadores sabem que depois de uma derrota daquelas, em que nós comprometemos muito daquilo que vínhamos a trabalhar, vamos conseguir retificar muito daquilo que era o nosso processo de jogo. Se não tivermos uma postura à Varzim, que temos de ter sempre em todos os jogos, vamos ter problemas. Portanto, não espero outra coisa que não seja uma equipa com vontade de ganhar, com garra, com vontade, respeitando o adversário. Jogamos em casa, somos fortes e temos um objetivo bem definido desde o primeiro dia.
Houve uma conversa mais incisiva com os jogadores? Tivemos mais que uma. Logo a seguir ao jogo e no primeiro treino. Fomos corrigindo durante toda a semana. Numa equipa de futebol, num jogo de futebol, nunca pode deixar de estar o que é o compromisso, lutar, tentar querer ganhar, isso tem de ser de qualquer profissional de futebol e nós temos essa particularidade porque temos uma massa associativa que é exigente, que é bom, que cobra e tem de cobrar sempre. Um jogo de futebol é um jogo de futebol. Pressão não existe num jogo de futebol, existem jogos para ganhar. Há momentos bons, menos bons. Nós temos um momento agora para retificar no próximo jogo. Amanhã temos de retificar, não temos desculpas, nem vamos aqui andar a arranjar desculpas. Os jogadores têm que dar aquilo que têm dado, têm que representar o clube de uma forma a que este clube merece, que exige o máximo. Estamos aqui para jogar, para ganhar. Não temos medo nenhum, temos uma grande massa associativa, então temos de representar à medida. Não temos que ter medo nada.
O presidente da Direção também participou nessas conversas e pediu alguma reação? Posso lhe dizer que o presidente teve uma intervenção logo a seguir ao jogo e bem. Teve de tomar como líder da Instituição, e teve uma intervenção junto da equipa. A partir daí, nós temos de cortar caminho. Não há fugas à responsabilidade, todos somos responsáveis. É claro que eu sou o chefe máximo da equipa de futebol. Mas há coisas que nós temos que exigir, que são comportamentos de uma equipa profissional e nós tivemos muito longe de ter esses comportamentos no último jogo. Repito, isso sempre disse que somos uma extensão da nossa massa associativa. Portanto, se somos, sabemos as características que tem esta massa associativa, sabemos o que representa este povo, o que representa a Póvoa e os poveiros. Nós temos que ter sempre isso em mente, sempre em todos os jogos. Nunca mais pode acontecer uma coisa destas, se acontecer, é muito grave para o futebol.
Ou seja, amanhã, vão jogar com o orgulho ferido? Eu acho que nós estamos feridos por todo lado. Se pudéssemos voltar atrás, não voltaria atrás na equipa, mas toda a gente voltaria atrás. Não voltaremos a repetir um jogo daqueles, porque isso é muito grave.
O que espera da Sanjoanense? É uma equipa que começou com alguma dificuldade na construção do seu plantel e é uma equipa que está completamente alterada daquilo que foi o início do campeonato. É uma equipa alta, forte e que está também no processo de recuperação de pontos. Mas jogamos em casa, e vamos deixar de ser meninos e temos que assumir que somos fortes. Tenho total a convicção que somos melhores e temos de jogar à Varzim.
No domingo, prevê-se à hora do jogo muito calor, pode perturbar os índices físicos? Estará quente para os dois lados. Isso já não chega de desculpas. Eu fui jogador de futebol, já joguei com 12, 14 e 16° negativos, que é muito pior que jogar com 35° pode ter a certeza. Foto Varzim SC.