Júnior, de sete meses e residente nas Caxinas, Vila do Conde, tem plagiocefalia esquerda estádio III/V de Louis Argenta, e precisa de um capacete para ajudar o crânio a crescer de forma normal. Após um apelo nas redes sociais, a família do pequeno conseguiu angariar o montante necessário para pagar o capacete.
Na semana passada, Vicente, o pai de Júnior, explicou ao MAIS/Semanário que esta condição foi descoberta “quase à nascença. Já tínhamos notado na deformidade na cabecinha, mas pensamos que com o crescimento ia ao lugar. Com o passar dos meses, reparamos que íamos ter de fazer alguma coisa, porque o crânio estava a expandir para o lado esquerdo”.
O capacete, feito à medida, irá ajudar o crescimento normal do crânio do bebé. Porém, custa 3.700 euros – e por isso a família pediu ajuda. “É complicado. Se o capacete fosse preciso só daqui a meio ano, ainda conseguíamos controlar, mas quanto mais tarde pior. Tem de ser o mais rápido possível”, disse Vicente.
Segundo o pai de Júnior, o Estado comparticipa em um terço do valor do capacete, mas só depois da compra. “Um terço não é nada”, contando também com as consultas na clínica em Braga especializada no tratamento. “É chato porque depois não há utilidade, já não serve para outras crianças por ser feito especialmente para o Júnior. Não podemos doar. Custa um bocadinho, o Estado devia ver estas coisas”, considera.
Entretanto, Catarina, tia do bebé e autora das publicações que apelavam à ajuda da população, já anunciou que o montante foi alcançado.
“Estou aqui em nome do Júnior e em nome de toda a família para agradecer a todos que nos ajudaram, que partilharam para chegar a mais pessoas e que contribuíram monetariamente para que conseguíssemos”, escreveu nas redes sociais.
E terminou: “sem vocês nada disto era possível, nunca nos vamos esquecer, vai ficar para sempre no nosso coração e quando o Júnior for maior e perceber vamos-lhe explicar toda a situação e o quanto as pessoas foram bondosas e se uniram para o ajudar”.