A pandemia tem tido um impacto dramático nas finanças das pessoas. Enquanto muitos conseguiram poupar ou, infelizmente, perderam os seus meios de subsistência, outras gastaram milhões em novos conceitos financeiros como blockchain e tokens não fungíveis. Também houve um aumento no comércio financeiro – particularmente entre as gerações mais jovens.
Dados de um inquérito recente mostram que os millennials e a Geração Z estão a negociar significativamente com mais frequência e com uma maior tolerância ao risco do que nos tempos pré-pandemia. O aumento na atividade investidora destas faixas etárias é maior do que os reportados entre as gerações mais velhas.
As potenciais razões por trás destas tendências são várias, desde o acesso mais fácil por meio de plataformas de negociação dirigidas aos principiantes, até, simplesmente, estarem fartos de ficarem presos em casa durante o confinamento. E uma vez que estas gerações estão mais vulneráveis em relação ao desemprego, é possível que estejam a tentar recuperar rendimentos perdidos.
Há inclusive uma nova onda de influenciadores de plataformas sociais, com centenas de contas a oferecem conselhos de negociação em plataformas como o Instagram e Tik Tok. Mas como é que os riscos se comparam com os benefícios – e em que é que os jovens estão a investir?
Prós e contras da negociação no clima actual
A experiência conveniente que muitas plataformas de negociação agora oferecem atraiu os públicos mais jovens que gerem muito as suas vidas a partir dos smartphones.
Mas enquanto alguns acreditam que estas plataformas estão a democratizar a finança numa altura de grande desigualdade, os críticos argumentam que as aplicações de negociação estão a tornar tópicos arriscados numa espécie de jogo online, devido à utilização de design atraente e mínima informação. Sem avisos claros sobre os riscos associados, negociantes inexperientes podem facilmente tomar decisões erradas e entrar em dificuldades.
A vantagem é que muitos jovens já conseguiram construir pequenas fortunas de formas que poucos negociantes profissionais anteciparam – por exemplo a infame GameStop squeeze. Comunidades online dedicadas foram criadas em sites como Reddit para os negociadores partilharem dicas e divertirem-se ao mesmo tempo.
Em que é que os jovens estão a negociar?
O mesmo inquérito referido acima descobriu que jovens investidores estão a negociar em derivados com mais frequência do que as gerações mais velhas.
Derivados são títulos financeiros cujo valor é formado com base em ativos ou grupos de ativos como ações, obrigações, commodities e moedas. A negociação em indices de ações CFD é uma das opções de investimento mais complexas, mas também mais populares, disponíveis de momento.
As escolhas de investimentos em ações pelos jovens estão a confundir os investidores experientes, pois os jovens estão a focar-se em sectores que foram os mais afectados pela pandemia, desde companhias aéreas em dificuldades até às empresas de videoconferência em expansão. Todavia, ainda não está claro se essas escolhas vão valer a pena.
O interesse em investimento cresce mais amplamente
Não são apenas os jovens que estão a entrar em ação, no entanto, como mostrado num estudo recente do Reino Unido o interesse em investimentos está a crescer em todos os grupos demográficos. As baixas taxas de juro em contas de poupança são o principal factor por trás disso, juntamente com as aplicações mencionados acima.
Quedas de mercado, como as vistas no início da pandemia, costumam gerar debates sobre oportunidades de investimento. Você tem planos de investir num futuro próximo?