Poveiros regressam de Marrocos onde viveram “segundos de puro horror” no sismo de sexta-feira (vídeo e fotos)

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Duas famílias poveiras viveram “segundos de horror” durante o forte abalo sísmico que ocorreu noite de sexta-feira em Marraquexe, Marrocos, contou este domingo ao MAIS/Semanário Fátima Fernandes, após o regresso à Póvoa de Varzim. Os oito poveiros, que estavam em férias no país do Norte de África, estão bem e já se encontram nas suas casas.

As duas famílias, dois casais com 2 filhos cada, estavam em Marraquexe em férias desde 2 de setembro, que deveriam terminar apenas na próxima quarta-feira, dia 13. No entanto, o sismo obrigou a anteciparem o regresso através do avião de resgaste disponibilizado pelo Governo português.

A poveira Fátima Fernandes disse como foram vividos os segundos (muito longos) em que ocorreu o abalo. “Tínhamos regressado ao quarto 10 minutos antes do sismo, quando se deu um filme de terror. A minha filha mais velha (15 anos) estava no banho e o abalo começou leve e depois abanou toda a estrutura. Foram 20 segundos de puro horror!”.

Depois “de um filme de terror”, a madrugada de sábado foi passada “a dormir na relva, numa noite húmida e fria. Mudamo-nos com malas e bagagens para o recinto da piscina. Ninguém ficou ferido”, comentou ainda em território marroquino.

Já na Póvoa de Varzim, ao fim da manhã de domingo, Fátima recorda os momentos angustiantes. “Estávamos todos no 2° andar do 4° lote e agarrei a mais pequena, enquanto o meu marido a mais velha e viemos cá para fora, descalços só de camisolas, estava um caos com todas as pessoas aos gritos”.

Sobre o regresso antecipado à Póvoa de Varzim, Fátima disse que o Governo e os militares da Força Aérea “foram excelentes e Super afáveis, principalmente com os mais pequenos, muito eficientes”.

A poveira relatou em pormenor a eficiência do regresso. “Contactámos a embaixada por volta das 17h de sábado e às 20h ligaram para irmos para o aeroporto. Às 22h vieram falar connosco e sempre estiveram presentes em todo o processo de controle de passaportes. Descolamos pouco depois das 2h (madrugada de domingo) e às 5h estávamos em território português! A Força aérea foi sempre muito prestável, fizeram-nos sentir seguros o tempo todo”.

Fátima Fernandes expressou palavras de agradecimento “por todas as mensagens recebida, mas é impossível responder a todos, o importante e saberem que estamos e vamos ficar bem”.