Póvoa de Varzim é uma das zonas mais afetadas pela greve dos professores

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Foto: José Alberto Nogueira

Quase metade dos docentes aderiu à greve nacional dos professores, segundo estimativas do Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE). A entidade, que convocou a greve para esta segunda-feira, 4 de outubro, diz que “dezenas de escolas” foram encerradas, deixando milhares de alunos sem aulas.

Em resposta enviada à agência Lusa, a presidente do SIPE diz que “estamos neste momento a fazer o piquete, a telefonar para todos os agrupamentos e o feedback que temos é que ronda os 50%, com mais incidência numas zonas e menos noutras, varia muito consoante a zona do país”.

A Póvoa de Varzim é uma destas zonas, segundo Júlia Azevedo, que adianta ainda Lisboa, Sintra, Porto, Baião, Barcelos, Viana do Castelo e Trofa como as zonas mais afetadas, onde de manhã havia “dezenas de escolas fechadas” ou parcialmente paralisadas.

“Com esta adesão esperamos que o Ministério da Educação perceba que é preciso retomar as negociações, que é a nossa principal exigência. A ausência de respostas às reivindicações dos professores e de abertura ao diálogo por parte do ministério dura já há dois anos”, adianta Júlia Azevedo.

A greve surge para pressionar a tutela a retomar as negociações relativas à carreira docente. Estas negociações podiam, de acordo com o SIPE, resolver problemas como o envelhecimento da classe docente, a sobrecarga de horário e de trabalho, e a precariedade e as ultrapassagens na carreira.