A Câmara da Póvoa apresentou na quinta-feira a estratégia para a recolha de biorresíduos no concelho. Tratam-se de restos alimentares, sobretudo, mas também dos resíduos verdes, resultantes de jardins ou plantas. O programa vai abranger 11 mil fogos na recolha de resíduos verdes e 6 mil nos restos alimentares.
Nesta sessão realizada no Diana Bar, Aires Pereira, presidente da autarquia, explicou: “É um fluxo muito importante porque representa cerca de 40% do nosso contentor indiferenciado e que custa 59 euros por tonelada. Este biorresíduo é o mais pesado, é o que tem mais humidade e é o que mais nos incomoda em casa, porque decompõe-se e liberta cheiro. E é também aquele que contamina, sobretudo os resíduos que são suscetíveis de ser reciclados”, disse, acrescentando que este processo também vai contribuir para a produção de adubo.
Sistema PAYT entra em vigor em 2023
Ao contrário da ‘porta-a-porta’, este processo será pago. Contudo, Aires lembra que “o que nós queremos – os municípios da Lipor – é implementar nos próximos dois anos o sistema PAYT, em que se paga em função do que produzimos e não em função da água que consumimos. Se todos contribuirmos, no futuro a fatura será muito inferior à de hoje”.
Sobre o interesse demonstrado pelo poveiros nos processos de recolha, o edil revelou: “Temos taxas de adesão excelentes, na ordem dos 92%, o que quer dizer que as pessoas compreendem, embora haja algumas casas pequenas sem sítio para colocar os contentores. Seja como for, nós temos sempre soluções que vamos fornecendo aos munícipes”.
A concluir, avisou que estas recolhas vão acontecer em dias diferentes, pois “no dia em que se recolhem embalagens não se podem recolher também os indiferenciados ou os biorresíduos”.
A Câmara da Póvoa reforça, assim, a aposta no modelo de gestão rumo à economia circular, reutilizando os recursos em vez de os deitar fora.
Fotos José Alberto Nogueira