“Prenda de Natal” para Regufe com inauguração de sede e museu

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Está aberta a sede do Grupo Recreativo de Regufe, uma obra há muito ansiada pela associação. Outro espaço novo apresentado foi o museu que agora pode ser apreciado na antiga casa do faroleiro junto do Farol. A inauguração decorreu este domingo de manhã, naquela que foi uma prenda de Natal para a associação.

As palavras de Sérgio Ferraz, presidente do Regufe, traduziram bem a importância do momento: “Sinto-me como uma criança no dia de Natal ao ver que recebeu o presente que queria. Isto é ainda mais do que aquilo que eu tinha pedido. Com esta sede, temos condições para fazer um trabalho ainda melhor”.

Boas sensações em relação a um futuro “que se avizinha risonho” mas uma associação “não existe sem o seu passado” e Sérgio Ferraz lembrou 32 anos de história marcados por dificuldades, precisamente porque não havia um espaço próprio onde desenvolver a sua atividade. A sede é, por isso, “o resultado do esforço de muita gente e durante muitos anos. Vamos continuar porque agora a responsabilidade ainda é maior”, sublinhou.

Farolim esteve para ser “desmontado e vendido aos pedaços”

Aires Pereira, presidente da Câmara, falou de um “dia feliz” ao inaugurar esta sede localizada numa das “entradas para a cidade” da Póvoa. “Foi um caminho com uma série de percalços e que até incluiu uma insolvência [do empreiteiro], mas, finalmente, chegamos ao fim desta obra”.

O autarca lembrou que foi necessária a colaboração da Marinha Portuguesa “para que não desaparecesse o nosso farolim, que esteve para ser desmontado e vendido aos pedaços”. Só através de um protocolo com a Marinha é que foi possível fazer a recuperação, o que levou a à construção da sede e à criação do núcleo museológico.

Sob o ponto de vista arquitetónico, disse que a sede “está muito bem conseguida”, sendo que não era fácil “trabalhar neste cantinho”. Além disso, “não ofusca” a história do local e do Farol de Regufe.

Aires Pereira ressalvou ainda que, para a autarquia, as associações do concelho “têm todas a mesma importância” e “não é por acaso que investimos aqui meio milhão de euros”.

Reportagem desenvolvida na edição impressa de 21 de dezembro.