O futuro não se adivinha mas pode preparar-se, e o governo, nos últimos cinco anos, não agiu para dar resposta aos desafios que aí vinham. Foi esta a principal ideia veiculada pelo deputado poveiro do PSD, Afonso Oliveira, na abertura do debate na especialidade do Orçamento de Estado para 2021, que decorreu na sexta-feira.
“Não tem estratégia nem rumo”, disse, sobre o documento. “É verdade que vivemos uma crise sem precedentes mas compete ao governo apresentar soluções”.
Para Afonso Oliveira, “o que é preocupante para os portugueses é que o sr. primeiro-ministro esteja muito satisfeito com maus Orçamentos de Estado. E este é tão ‘bom’ que tem um número recorde de propostas de alteração. Os orçamentos deveriam existir para servir os portugueses e não para alimentar o ego de quem os produz”, criticou o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, acrescentando:
“O governo apresenta uma proposta de orçamento que não está à altura do momento em que vivemos, não responde à crise em que estamos mergulhados, não aposta nas empresas que é o mesmo que dizer, não aposta no emprego e que serve para muito pouco face à dimensão dos problemas que temos pela frente”.
O poveiro vincou ainda que a responsabilidade e o sentido de estado “são a marca” do PSD, sobretudo no momento atual. “São a marca do PSD na atitude de combate à pandemia e na procura das soluções de recuperação económica do país”, disse, antes de concluir:
“O compromisso do PSD neste debate é contribuir para melhorar um mau orçamento que é da responsabilidade do Governo, do PS e dos partidos da geringonça”.