Marcelo Rebelo de Sousa admitiu esta sexta-feira a possibilidade de uma terceira vaga da pandemia da Covid-19 em janeiro ou fevereiro, deixando o país em alerta para o pior. As palavras do Presidente da República foram proferidas na alocução que o Chefe de Estado fez esta noite ao país através da televisão.
Marcelo Rebelo do Sousa explicou que vai aumentar a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde nos próximos dias ou semanas e que “no pensamento dos profissionais políticos, encontra-se presente a pressão que existe sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), pressão que vai aumentar nos próximos dias ou semanas, o que implica a exigência de tentar conter o curso da pandemia em dezembro e nas primeiras semanas de 2021”, e acrescentou que há “duas realidades evidentes”: a vacina não vai chegar a todos em menos de alguns meses; e atingir situações críticas no SNS será “dramático” para doentes covid e não-covid.
O Chefe de Estado defende que existam medidas diferentes para os municípios com taxas diferentes e que “será tanto maior quanto maior for o número de casos no mês anterior”. “Importa assim tentar conter em dezembro o processo pandémico, mesmo que ele, dias antes, aparente ter passado o pico da chamada segunda vaga”, justificou.
O Presidente da República garantiu no seu discurso ao país que o Estado de Emergência durará “o necessário” e deixou em aberto a sua renovação de 9 a 23 de dezembro.