“Não entendo porque não existe público nos estádios, quando pelo menos nos estádios o ar não é viciado”, disse Edgar Pinho, presidente do Varzim, em entrevista à Rádio São Pedro, na véspera de Natal, quando falou sobre o clube e nomeadamente sobre os 105 anos do Varzim Sport Club.
O dirigente acrescentou que “os nossos responsáveis políticos guiam-se pela sua agenda política e eu sem querer fazer uma crítica em particular, nem à atuação de quem nos governa, mas não deixo de registar isso. Não é possível que tenham sido autorizados alguns espetáculos em recintos fechados, como também por exemplo touradas, e que num estádio como o do Varzim, com capacidade para 7 mil pessoas e que não o pudéssemos limitar a capacidade a 20%. Estão a fazer muito mal, não é só ao futebol, mas a fazer mal às pessoas, porque o futebol ajuda-nos”.
E Edgar Pinho recordou tempos idos. “Todos se lembram do tempo da ditadura, ao futebol e a clubes foram imputadas conotações políticas importantes porque ele era o verdadeiro ópio do povo. Porque as pessoas gostam de futebol, distrai-nos e alheia de muito sufoco em que as pessoas vivem”. E completou: “Não há razão para o pânico se todos, de uma forma assertiva, tomarmos as medidas de proteção e fugirmos dos ambientes fechados”.