Entre 18 e 21 de agosto, a Praia da Lagoa, na Póvoa de Varzim, esteve desaconselhada a banhos. Na altura, a Autoridade Marítima Nacional explicou que análises à qualidade da água revelaram valores microbiológicos acima dos parâmetros de referência. Na última reunião de Câmara, o presidente da Câmara afirmou que a situação se justificava com a sobrelotação devido à água da chuva de uma bacia de retenção, mas o PS diz que a explicação “é muito precária e parca”.
De acordo com Aires Pereira, “nós temos um dispositivo de segurança que é uma caixa própria para bombar aquilo que é o caudal normal desta linha de água. Mas quando acontecem estas situações [situações anormais de chuva] nada resiste”. “São situações que, quando estamos numa estrutura que está próxima de atividade agrícola, é sempre suscetível de poder acontecer”, disse.
João Trocado, vereador do Partido Socialista, defendeu que “a explicação que é dada é muito precária e parca e não se consegue identificar um nexo causal entre aquilo que é justificado publicamente e efetivamente a ocorrência cíclica e frequente, até diria, de análises com contraindicações”.
“Temos de resolver o problema e, portanto, apresentamos uma recomendação para que esta bacia de retenção possa ser aumentada para aumentar a sua capacidade, para reduzir a probabilidade de, havendo chuva a mais, ela não funcione e não possa ser bombeada para o saneamento, onde naturalmente, se for para o saneamento, não é descarregado no mar”, afirmou.
Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).