O professor de Educação Moral acusado de abusar de alunas de uma escola de Famalicão foi, nesta quinta-feira, condenado a 8 anos de prisão por 62 crimes de abuso sexual de menores dependentes.
À data dos factos, ocorridos entre 2014 e 2018, Fernando Silvestre era docente de Educação Moral e Religião Católica na Escola Secundária Camilo Castelo Branco. Estava acusado de 87 crimes de abuso sexual de menores, tendo as vítimas entre 14 e 17 anos.
Na leitura do acórdão, no Tribunal de Guimarães, a juíza presidente disse que, em julgamento, se provaram 62 dos 87 crimes, rejeitando a tese de ‘cabala’ defendida pelo professor. A juíza acrescentou mesmo que o docente era “um mestre na arte de manipulação e dissimulação”. Fernando Silvestre não assistiu à leitura do acórdão, alegando doença.
O Tribunal aplicou também como pena acessória a proibição do exercício de funções públicas que envolvam contactos com menores durante 10 anos.
Lembre-se que o professor tinha sido, no ano passado, suspenso pelo Ministério da Educação. Contudo, a suspensão terminou e este ano concorreu através da mobilidade interna, ficando colocado no Agrupamento de Escolas de Rates. Mesmo assim, o Ministério prometeu que Fernando Silvestre não iria dar aulas.