A secretária de Estado da Educação chumbou o recurso à suspensão do professor da Escola Secundária Eça de Queirós que, em setembro passado, foi acusado de sugerir aos alunos que visitassem o seu canal de Youtube, que contém vídeos onde aparece nu ou de roupa interior, e onde profere frases de cariz sexual.
Segundo o Ministério da Educação, o docente vai ficar suspenso “até à conclusão do processo disciplinar ou até ao final do ano letivo”, diz o Jornal de Notícias.
O documento ao qual a mesma publicação teve acesso afirma que “a presença do aqui recorrente continua a revelar-se inconveniente para o serviço, uma vez que, pela sensibilidade e gravidade das infrações, a sua permanência em funções perturbaria e destabilizaria a comunidade escolar, em especial os alunos, podendo ainda mostrar-se prejudicial para a descoberta da verdade, pelo eventual condicionamento dos alunos”.
Do lado do professor, há uma crítica ao desrespeito da “liberdade de expressão”. O docente diz mesmo que as acusações têm por base “construções subjetivas e fictícias e em mentiras e calúnias de pessoas amigas e com interesses pessoais e de grupo”.
A polémica veio ao de cima ainda no início do ano escolar. Depois de queixas de pais e alunos, a ESEQ instaurou um processo disciplinar, seguido de uma suspensão de 90 dias por parte do Ministério. Em dezembro, a suspensão foi prolongada.