O professor que leciona na Escola Secundária Eça de Queirós e atualmente suspenso devido à publicação de vídeos obscenos no Youtube e de alegadamente não usar à máscara durante as aulas, soma três castigos nos últimos 3 anos.
O docente esteve suspenso de funções em 2018, quando esteve na Escola Secundária da Maia em 2018, na Escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, em 2019 e agora na Eça de Queirós também na Póvoa, no início deste ano letivo.
Segundo informações divulgadas pelo JN, são mais de 300 dias “sem salário”, e que o professor de Economia, Direito, Sociologia e Gestão, diz que tudo “é uma cabala e que os factos são exagerados e mal compreendidos”.
De acordo com o próprio jornal “o Ministério da Educação diz que são queixas diferentes”.
O professor tem 63 anos, 34 dos quais a exercer as funções de docente, e afirma que a atual suspensão “é arbitrária e construída por algumas pessoas e só pode ter sido decidida por interesses ilegítimos e com base em alegações sem fundamentos legais e sem se basear em factos verdadeiros e movida por falsos moralistas e ignorantes que não respeitam a igualdade e a liberdade de expressão, de diversão e de ensino das outras pessoas”.
Professor defende-se
A 24 de setembro, o professor disse ao JN que “disse aos alunos que vissem no seu canal do YouTube, mas apenas para verem “vídeos sobre como se protegerem contra a doença covid”.
“De qualquer modo estas pessoas não são e não devem ser donas da moralidade das outras pessoas e nem da moralidade pública e da autoridade do Estado”, acrescenta ainda, considerando que a autoridade do Estado foi “manipulada” por pais, que “atiram pedras e escondem a mão”.
Sobre os vídeos, onde aparece nu, em cuecas e a dizer frases de cariz sexual, o docente diz que não há “nada de errado e de ilegal existe nesta sugestão. Só vê e ouve os vídeos quem quer. Todos os vídeos são legais e respeitam a dignidade de todas as pessoas e as regras rígidas do YouTube e são para pessoas com mais de 18 anos”.