No dia em que a greve dos professores chegou ao norte, o SIPE, Sindicato Independente de Professores e Educadores, liderou durante a manhã uma manifestação na Póvoa de Varzim, em frente à escola Eça de Queirós. Exigem que o Governo contabilize o tempo de serviço que os docentes perderam quando as carreiras estiveram congeladas.
Pedro Meira, do SIPE de Póvoa/V. Conde, lembra que a recuperação do tempo de serviço está estipulada na lei do Orçamento do Estado de 2018. “O Governo voltou atrás com o que está na lei e os professores estão revoltados. Nós só queremos que esse tempo seja contabilizado, até pode ser de forma fracionada, não precisa de ser já amanhã. Mas nós temos direito a atingir o topo das nossas profissões e não vamos ficar sem esse tempo”, reivindicou. Os educadores aceitam negociar o prazo mas exigem a recuperação integral do tempo de serviço. Recorde-se que eles não puderam progredir na carreira durante quase uma década, ou mais concretamente, os já muito propalados 9 anos, 4 meses e 2 dias de atividade.
É mais uma etapa da jornada de luta que se iniciou no passado mês de junho com a greve às avaliações. Os educadores contestam também a ausência de propostas sobre aposentação, a sobrecarga horária e a precariedade no trabalho.
A semana de manifestações termina em Lisboa no feriado de 5 de outubro, também Dia Mundial do Professor. Da Póvoa de Varzim e Vila do Conde estarão cerca de 70 docentes.
Foto de José Alberto Nogueira